O Hospital Municipal de Araucária – HMA, realizou no dia 4 de julho, a primeira captação de órgãos para transplante de sua história. Foram doados fígado, rins e válvulas do coração, pela família de um homem de 42 anos, e a captação dos órgãos contou com a participação da Central Estadual de Transplantes (CET) do Paraná.

O diagnóstico do paciente é sigiloso, assim como o nome do doador e dos receptores. Sabe-se, porém, que teve órgão direcionado a um paciente do Distrito Federal.

O doador estava internado na UTI do HMA com sinais clínicos de morte encefálica, quando foram iniciados, com apoio da CET, os passos que envolvem o protocolo de morte encefálica. Para confirmação do diagnóstico, é necessário um exame de imagem, a avaliação de dois médicos diferentes capacitados pela Central Estadual de Transplante, um teste de apneia e um exame complementar final.

Ao mesmo tempo em que os procedimentos eram iniciados, a equipe da CET abordava a família, que expressou a vontade da doação – inclusive relataram que, em vida, o paciente havia sinalizado que gostaria de ser doador.

Os órgãos foram captados no Centro Cirúrgico do HMA por uma equipe conjunta da instituição médica e da Central de Transplantes. Vale lembrar que o Hospital Municipal de Araucária é administrado em parceria com a prefeitura, pelo Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) desde o dia 1º de maio.

Autorização

A lista para transplante é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A posição do paciente também pode variar de acordo com a gravidade, compatibilidade e distância.

No Brasil, a retirada de órgãos para transplante só ocorre mediante autorização da família. Por isso, é fundamental que toda pessoa interessada em doar seus órgãos manifeste o desejo aos familiares, para que eles possam cumprir a sua vontade.

Edição n.º 1474.