Preso desde o dia 13 de setembro, o vereador suspenso, Francisco Carlos Cabrini (PP), teve a prisão preventiva revogada nesta terça-feira (25). Com isso, ele deixou o espaço que ocupava na Delegacia de Polícia de Araucária na manhã desta quarta-feira (26).
A soltura de Cabrini foi determinada pela juíza Debora Cassiano Redmond, titular da Vara Criminal de Araucária, atendendo a um pedido da defesa do edil. O Ministério Público, que foi quem havia pedido a preventiva, também concordou com a liberação do edil.
Como se sabe, Cabrini teve a prisão decretada porque teria descumprindo medida cautelar imposta a ele pela Justiça. Isto porque, durante um final de semana inteiro, a tornozeleira do vereador deixou de se comunicar com a Central de Monitoração do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).
Os advogados do edil alegaram que ele jamais descumpriu as medidas, o que teria acontecido foi que a tornozeleira apresentou defeito. Na decisão que mandou soltar Cabrini, no entanto, a juíza ponderou que tão logo notou o problema no equipamento, o réu deveria ter entrado em contato com a Central de Monitoração ou atendido aos telefones dos agentes do Depen, que teriam lhe ligado para saber as razões de a tornozeleira não estar se comunicando com o sistema que a controla.
Novamente solto, Cabrini segue tendo que usar tornozeleira, além de não poder sair da Comarca sem autorização, entre outras medidas. Isso, pelo menos enquanto não for concluída a ação penal oriunda da fase Mensalinho da operação Sinecuras. Além dele, todos os outros vereadores da legislatura passada, o ex-prefeito Olizandro José Ferreira (MDB) e ex-secretário de Governo, João Caetano Saliba Oliveira são acusados de integrar o esquema.
Texto: Waldiclei Barboza
Publicado na edição 1132 – 27/09/18