Valdeliz Alberti Baumel, 52 anos, foi morta com um tiro na cabeça, por volta de 7h30 da manhã de ontem, dia 14 de abril. O crime aconteceu na rua Olavo Bilac, bairro Pirabeiraba, na cidade de Joinville (SC). Ela havia acabado de entrar em seu carro, um Wolkswagen Polo, com placas de Araucária, com seu neto de seis anos para levá-lo na escolinha. Um homem de calça jeans e boné teria chegado ao seu lado, efetuado o disparo que a matou na hora e fugido a pé, sem levar nenhum bem da vítima. Socorristas ainda foram acionados mas nada puderam fazer. A criança nada sofreu. Uma câmera de segurança gravou o momento em que o homem se afasta após o crime.
Duas possibilidades
A polícia local começou no mesmo dia as investigações e trabalha com duas hipóteses. Uma, de que teria ocorrido uma tentativa de assalto. Nesta situação o tal homem teria chegado ao lado do carro e ordenado que ela saísse. Como o neto estava no banco de trás, ela teria se virado para apanhá-lo e o bandido teria se assustado, disparado a arma, decidido fugir sem levar nada. Mas também se cogitou que existe a hipótese de que o crime teria motivações de ordem familiar e que, neste caso, um dos principais suspeitos poderia ser o pai no neto dela, Loristan Carvalho Júnior. Loristan estaria separado da mãe da criança desde dezembro e teria uma relação tumultuada com a moça, chegando ao ponto em que ela teria entrado com medidas protetivas que o obrigaria a manter distância dela e da criança. Ele nega.
Estava em Araucária
A notícia chamou a atenção em Araucária porque tanto Valdeliz, quanto Loristan Jr., são bastante conhecidos por aqui. Ela era funcionária do Banco Itaú e trabalhou por muitos anos na cidade, inclusive no posto que fica dentro da prefeitura. Por último ela era gerente graduada na agência do banco em Joinville, cidade onde também estava morando com o neto.
Quanto a Loristan, ele veio até a redação de O Popular e disse que não foi ele. O empresário contou que já faz mais de quinze dias que não passa por Joinville e que, especificamente tanto na noite do dia anterior ao do crime, quanto na hora em que Valdeliz foi morta, que ele estava em Araucária. “Na noite anterior eu fiquei até a meia noite em um bar aqui em Araucária. Na manhã do crime eu estive logo cedo na minha empresa e depois, por volta de 8h já estava na Volvo, na cidade Industrial, levando um ônibus para revisão. Tenho testemunhas em todos estes lugares por onde passei”, garante. Ele disse que, mesmo que não saiba se chegou a ser emitido algum tipo de mandado de prisão contra ele, já se apresentou nas Polícias Civil e Militar e que, na manhã de hoje, sexta, irá a Joinville com seu advogado, conversar com o delegado responsável pelas investigações. “Recentemente me acidentei e quebrei o pulso. Sou destro, estou com o braço direito engessado, com pinos e não consigo nem escrever. Estava em Araucária na hora do crime e não tenho do que fugir. Faço questão, antes mesmo que eventualmente seja intimado, de me apresentar para esclarecer esta situação. Como sou conhecido, sei que todos na cidade já estão me acusando, mas não tenho nada a ver com o crime. Me dava bem com a Valdeliz e tenho como provar isso”, explicou Loristan.
Texto: Carlos do Valle / FOTO: Marcos Pereira – RBS TV / Divulgação / Carlos do Valle