Embora cerca de 90% do território araucariense ainda esteja classificado como área rural, a vocação econômica da cidade é a indústria. E é assim desde que, na década de 1970, Araucária foi escolhida para ser sede de uma refinaria da Petrobras.

De lá para cá o que hoje conhecemos como CIAR (Cidade Industrial de Araucária) não apenas abriga a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), mas também outras quase mil indústrias, dos mais variados segmentos. Algumas com faturamento anual de milhares de reais, outras milhões e muitas na casa dos bilhões.

E a produção das indústrias de Araucária não abastece apenas a casa do araucariense, abastece o mundo. É por isso que sempre soou descabido que uma potência mundial como o pool de indústrias sediadas no Município não tivesse nem vez e nem voz junto as gestões municipais ao longo dos últimos anos.

A correção desse erro começou a ser feita neste ano quando o prefeito Gustavo Botogoski (PL) encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei criando a Secretaria Municipal de Expansão Econômica e Sustentabilidade (SMEES). A pasta – embora com nome mais extenso do que o necessário – nasceu com o objetivo de diminuir a distância entre o setor produtivo araucariense e o poder público.

Município corrige “erro” e volta a ter secretaria voltada ao setor industrial

Para comanda essa secretaria, o prefeito escolheu o engenheiro Edilson Bueno do Nascimento, que conhece como poucos o setor industrial instalado na CIAR. “Neste momento a expressão expansão econômica reflete bem o panorama nessas bandas de cá do Rio Barigui. A indústria sempre sustentou Araucária, mas nunca teve vez e voz. O objetivo do prefeito com a criação de uma pasta com os olhos voltados para o setor é mudar isso”, destaca o secretário.

Edilson destaca que o trabalho ainda está começando, mas os frutos desse olhar mais atento as demandas do setor não demorarão a aparecer. “Estamos dedicando uma atenção redobrada para concluirmos o quanto antes as obras da rua Lídia Camargo Zampieri, no Tindiquera, que estavam praticamente paralisadas em janeiro”, afirmou.

Edilson explica que a obra é de suma importância porque nessa região, localizada a oeste da Repar, circulam diariamente mais de mil veículos com predomínio das carretas bi trens. “Elas chegam carregadas com etanol e biodiesel e saem com gasolina e diesel rumo aos postos de abastecimento. O governo municipal está prestes a entregar a tão sonhada rota de fuga do coração econômico da cidade”, destacou.

Paralelamente a essa preocupação com a infraestrutura para atender as empresas do setor petroquímico, Edilson e sua equipe também ganharam como missão do prefeito Gustavo apresentar as vantagens de se instalar em Araucária para empresas de outros segmentos. “O pedido do prefeito é tratar bem quem quer investir em nossa cidade, pois são essas empresas que criam empregos para nossa população e geram tributos para os cofres públicos”, finalizou Edilson.

Edição n.º 1466.