O vereador Fábio Pavoni (PV) estava pistola na sessão da Câmara desta terça-feira, 2 de dezembro. Seu descontentamento era com os rumos da Comissão de Inquérito aberta pela Casa para apurar eventuais inconsistências na licitação do transporte coletivo municipal.

Alvo 1

O primeiro alvo de Pavoni foi o antigo relator da CI, Leandro da Academia, que perdeu o mandato agora no início de novembro. Conforme o parlamentar, seu ex-colega de Casa não fez sequer um relatório das várias oitivas e reuniões feita ao longo do ano. Exatamente, segundo Pavoni, o relator não relatou nada.

Alvo 2

O segundo alvo de Pavoni foi a direção jurídica da Câmara que, segundo ele, até agora não se espertou em contratar uma auditoria para auxiliar nos trabalhos da CPI. Essa contratação já teria sido um compromisso assumido com os integrantes da Comissão quando de sua instauração.

Alvo 3

O terceiro alvo foi o vereador Olizandro Jr. (MDB), que assumiu a relatoria da Comissão com a saída de Leandro. Segundo Pavoni, com duas semanas no posto, o novo relator também não relatou uma frase que fosse.

Este ano

Pavoni ainda acrescentou que seu objetivo era o de que a CI do Transporte Coletivo fosse encerrada ainda este ano, mas que o corpo mole que vem sendo feito impedirá que isso aconteça ou que os trabalhos sejam concluídos sem um desfecho adequado.

Réplica

Alguns dos mencionados presentes em plenário não gostaram das sapatadas de Pavoni e retrucaram. Olizandro Jr. aumentou o tom de voz e disse que está à frente da relatoria há apenas duas semanas e que nesse período participou de duas reuniões, sendo que é inadmissível que queiram mencioná-lo como culpado pelo que não foi feito até aqui. Outro que se manifestou e deu um cutucada em Pavoni foi o presidente da Câmara, Eduardo Castilhos (PL). Segundo ele, a auditoria será sim contratada. Afirmou ainda que o trabalho de administrar o bom andamento da CI é de seu presidente. Logo, se Leandro não entregou nenhum relatório em meses e não foi cobrado a culpa é também de Pavoni.

Edição n.º 1494.