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Obesidade infantil: a família tem papel fundamental na prevenção

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Foto: Divulgação

A segunda-feira, 3 de junho, foi marcada pelo Dia Mundial da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, uma data cujo intuito é alertar a população sobre os riscos e cuidados necessários para o combate ao sobrepeso em crianças e adolescentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população com obesidade, na faixa etária entre cinco e 19 anos, aumentou dez vezes na última década em todo o mundo. Se nada for feito, estima-se que a prevalência chegue a 254 milhões de crianças e adolescentes em 2030. Nesse mesmo ano, a perspectiva é que o Brasil ocupe o quinto lugar neste ranking.

De acordo com a Dra Luciane Basem, pediatra da Clínica São Vicente de Araucária, a obesidade mórbida é considerada quando o IMC (Índice de Massa Corporal) está acima de 40. Ela explica que o cálculo do IMC é feito pelo peso, dividido pela altura ao quadrado. Porém também são utilizados pelos médicos, gráficos de percentil para avaliação, junto com o IMC. “As crianças são mais propensas à obesidade na idade escolar, principalmente se tratando de adolescentes e pré-adolescentes. É um fator preocupante, pois sabemos que a taxa anual de crescimento da obesidade em crianças e adolescentes brasileiros entre 2020 e 2035 será de 1,8%. Segundo os dados, a prevalência de crianças e adolescentes com IMC (Índice de Massa Corporal) elevado era de 34% em 2020, com mais de 15 milhões de afetados. Em 2035, a projeção é de que essa taxa chegue a 50%, com mais de 20 milhões de crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso. Os principais fatores que contribuem para isso são os alimentos ultraprocessados e a dieta familiar”, comenta a médica.

A pediatra afirma ainda que existe maior chance de crianças obesas se tornarem adultos obesos. “Existe maior chance, mas com mudanças alimentares e estilo de vida mais saudável podemos melhorar ou até evitar que isso aconteça”, esclarece.

Algumas doenças também podem aumentar o risco de a criança desenvolver obesidade, entre elas as síndromes genéticas como down e síndrome de turner, doenças renais, hipotireoidismo e doenças cardíacas. “E as principais doenças associadas à obesidade na infância e adolescência são diabetes, problemas cardíacos, má formação óssea, além de questões mentais como depressão e bulimia. A causa da obesidade geralmente é multifatorial, sendo assim, além da correção alimentar, com mudança de hábitos feita pela família toda, com adaptações a um estilo de vida mais saudável, incluindo menos uso de telas e mais tempo ao ar livre e com exercícios, os remédios para perda de peso podem ser indicados para crianças em alguns casos extremos. Hoje alguns medicamentos já estão liberados pela Anvisa e pela Sociedade Brasileira De Pediatria. Porém sempre com a supervisão de um endocrinologista pediátrico”, orienta Dra Luciane.

Por fim, ela reforça que a influência familiar tem um grande papel no desenvolvimento do sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes. “O estilo de vida da família e a dieta vão delimitar muito sobre as crianças. Além disso, uma rotina de consultas com pediatra para solicitar exames e avaliar uma boa conduta é sempre indicada”.

Serviço

Para agendar uma consulta com a pediatra Dra Luciane Basem ou demais especialistas da Clínica São Vicente, entre em contato pelo telefone (41) 3552-4000 ou WhatsApp: (41) 98780-1440.

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