Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 14 de outubro, a Delegacia de Proteção e Meio Ambiente (DPMA), de Curitiba, cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de pessoas que agora figuram como investigadas no caso do desaparecimento da cachorra Maya. Ela não é vista desde o dia 2 de outubro. As ordens judiciais foram requeridas pelo delegado Guilherme Dias e autorizados pelo Poder Judiciário.

Segundo o delegado, tão logo tomou conhecimento do desaparecimento da Maya, iniciou uma investigação para tentar localizá-la e identificar o que de fato teria ocorrido. “Ouvimos testemunhas, solicitamos os mandados de busca e apreensão que hoje cumprimos em diversos endereços ligados ao proprietário da chácara. Apreendemos aparelhos celulares e dispositivos eletrônicos a fim de obter informações sobre o paradeiro de Maya e os eventos ocorridos na propriedade. A investigação preliminar indica que a cachorra fugiu da residência do seu tutor e entrou na chácara, onde foi agredida pelo proprietário, atualmente investigado”, explicou.

Polícia cumpre mandados de busca e apreensão nas casas de investigados pelo desaparecimento da cachorra Maya

Segundo apurado por nossa reportagem, os dois investigados pelo desaparecimento da husky siberiano são Wilson Donizete Mijolaro, proprietário da chácara, e Moacir da Sillva, que seria o responsável pelas criações que vivem na chácara. Ele também seria o proprietário de uma mercearia no bairro Iguaçu. Os mandados cumpridos hoje tiveram como alvo a casa de Wilson, a chácara onde Maya foi vista pela última vez e a residência de Moacir.

Nas buscas foram apreendidos pelo menos seis aparelhos celulares. “A investigação inicial aponta para a possibilidade de que o animal tenha fugido da chácara. Existem indícios de que a agressão ocorreu, após Maya ter se alimentado de galinhas naquela propriedade. Portanto, ainda não é possível determinar se ela foi morta no local ou se a versão do investigado, de que ela fugiu, procede. A chácara possui córregos e áreas de mata, o que sugere a possibilidade de fuga do animal por esses locais. Solicitamos a população que, caso possuam alguma informação relevante, entre em contato com a DPMA, a fim de auxiliar na conclusão da investigação, na localização da Maya e na responsabilização criminal do indivíduo, se for o caso”, declara Dias.

RELEMBRE

O caso repercutiu após o tutor da Maya divulgar imagens de câmeras de segurança de residências vizinhas, as quais mostram o momento em que a cachorra foge do condomínio da família no bairro Iguaçu e acessa o terreno do vizinho pelo portão, que estava aberto. No terreno, Maya teria atacado algumas galinhas.

As imagens ainda mostram uma pessoa que ao tentar entrar na casa, se depara com a cachorra próxima ao portão, já fechado naquele momento. Essa pessoa conversa com alguém que está do lado de dentro do imóvel e poucos minutos depois é possível ouvir um estampido e uivos de dor da cachorra. Após isso, o homem que estava do lado de fora do imóvel entra tranquilamente pelo portão. Desde então, Maya não foi mais vista.

Nossa reportagem entrou em contato com Wilson e Moacir. Mas até a publicação desta matéria eles não haviam retornado. O espaço permanecerá aberto para manifestação das defesas.