Um guarda municipal de Araucária foi alvo de um mandado de busca e apreensão nas primeiras horas deste domingo, 13 de julho. Cleverson Plath de Oliveira Silva, que integra a corporação desde 2012, estava de serviço quando agentes que integram o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e policiais militares chegaram a sede da Guarda Municipal (GM) para dar cumprimento à ordem judicial.

Segundo informações da assessoria de comunicação do Ministério Público, além do mandado em Araucária também houve o cumprimento de uma outra busca na cidade de Campo Largo. Entre os itens recolhidos está o celular pessoal do guarda municipal.

A ação que resultou no cumprimento dos mandados tem origem num procedimento aberto pela 5ª Promotoria de Justiça de Araucária, sendo que o GAECO apenas deu apoio operacional em seu cumprimento. Ou seja, não se trata de uma operação com origem no Grupo Especial.

Segundo apurou nossa reportagem, os mandados foram cumpridos no âmbito de uma apuração promovida pela 5ª Promotoria sobre possível prática de crime contra a dignidade sexual. Plath é acusado de assediar sexualmente uma guarda municipal feminina. Como coordenador, ele seria o superior imediato dessa GM, a qual teria denunciado as investidas do colega de farda ao Ministério Público.

Ainda conforme a assessoria de comunicação do Ministério Público, além dos mandados de busca e apreensão, o Juízo da Vara Criminal de Araucária ainda fixou uma série de medidas cautelares que precisarão ser cumpridas por Plath. Entre elas está a suspensão do exercício da função e a suspensão do direito à aquisição e registro de arma de fogo. Ele também será monitorado eletronicamente, vez que foram aplicadas em favor da vítima uma série de medidas de proteção, sendo que Plath não poderá se aproximar ou manter qualquer tipo de contato com ela, mesmo que por telefone ou redes sociais.

Nota

Sobre o ocorrido, a Guarda Municipal informou por meio de nota que deu pleno cumprimento a determinação judicial, afastando o guarda de suas funções, recolhendo a arma de fogo da corporação que ele usava e o destituindo do cargo de coordenador de equipe.

A nota diz ainda que a corporação colaborará integralmente com todas as investigações para que a verdade dos fatos seja trazida à tona e as providências sejam tomadas dentro dos limites da lei, garantindo o direito de defesa ao servidor envolvido. “Reforçamos que a Guarda Municipal de Araucária não compactua com qualquer forma de violência ou assédio, especialmente contra mulheres. Somos uma instituição que atua diariamente na proteção da sociedade e, inclusive, mantemos equipes especializadas na defesa das mulheres, como as patrulhas da Lei Maria da Penha”, ressalta.

O Popular tentou contato com Plath, mas ele não respondeu as nossas mensagens. O espaço permanecerá aberto.