Nesta quinta-feira, 29 de maio, às 9h da manhã, o Conselho de Sentença do Tribunal do Juri de Araucária irá julgar um crime hediondo que abalou a comunidade araucariense. Um homicídio praticado com requintes de crueldade, sem que a vítima tivesse a menor chance de defesa. Israel de Souza dos Santos, acusado de assassinar brutalmente sua esposa, Izabel Spies, a golpes de faca e tiros na manhã do dia 13 de novembro de 2023, no bairro Iguaçu, sentará pela segunda vez no banco dos réus para, enfim, receber sua sentença.

A primeira sessão de julgamento do caso chegou a ter início no dia 6 de fevereiro deste ano, no entanto, foi redesignada para uma nova data, isso porque a testemunha chave do processo – o filho do casal, de 17 anos, que presenciou o crime -, mesmo intimado, não compareceu. A expectativa de quem espera por justiça é de que dessa vez, o jovem esteja presente e dê seu depoimento no julgamento do pai.

Embora naquela data, a Juíza que presidiu a sessão tenha determinado que o júri prosseguisse mesmo sem a testemunha, os advogados de defesa de Israel decidiram abandonar a plenária, alegando que não abririam mão da oitiva do filho.

PENA

Se condenado, Israel de Souza dos Santos poderá pegar até 30 anos de prisão, já que o homicídio possui três qualificadoras, o que por si só já estabelece uma pena mínima de 12 anos, no entanto, esses agravantes poderão elevar a pena para mais de 20 anos.

RELEMBRE O CRIME

Uma discussão acalorada entre o casal rapidamente fugiu do controle e Israel deu várias facadas em Izabel na frente dos dois filhos do casal. Mesmo ferida, a vítima saiu de dentro de casa e conseguiu correr para a rua, gritando por socorro. Porém, foi alcançada pelo agressor, que a atacou novamente, até tirar-lhe a vida.

O filho mais velho do casal, de 17 anos, testemunhou toda a cena brutal. Ele ainda tentou alcançar o pai, que fugiu logo após o crime. Izabel foi atingida por cerca de 38 facadas (conforme laudos periciais) e quatro disparos de arma de fogo. Até hoje, a arma utilizada no crime não foi localizada.

Três dias depois do assassinato, Israel se apresentou à Delegacia da Mulher de Araucária, acompanhado de um advogado. No momento em que prestava depoimento, teve sua prisão preventiva decretada e cumprida ali mesmo. Desde então, ele segue preso, em regime fechado.

Edição n.º 1467.