Encontrar um animal silvestre pode ser algo rotineiro ou inusitado para algumas pessoas. Para um morador de Araucária que viveu essa experiência, foi um gatilho para dúvidas. Ele se deparou com uma gambá fêmea morta no quintal da sua casa, com seus 5 filhotinhos vivos. Segundo ele, a gambá provavelmente havia morrido há algumas horas, pois as moscas já estavam sobrevoando e pousando sobre ela e os filhotes.
No caso em questão, o morador acionou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e foi orientado a colocar os filhotes dentro de uma caixa e levá-los até a sede, no Parque Cachoeira. “Não poderia deixar aqueles seres indefesos sem proteção, provavelmente as moscas iriam depositar larvas e eles seriam consumidos vivos. Levei os filhotes para o Meio Ambiente e lá me informaram que eles seriam levados até o Instituto Água e Terra (IAT). A suspeita é de que alguém tenha envenenado a gambá, que ainda conseguiu sair do ninho e salvar os filhotes. Essa situação me fez questionar sobre qual o manejo correto da fauna em situação de risco, como devemos proceder ao nos depararmos com animais órfãos, feridos ou mortos”, declarou o morador.
Se você já se deparou com uma situação dessas, provavelmente também tenha se perguntado o que fazer. Seja qual for o caso, o primeiro passo é ter o mínimo de interação possível com o bicho.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é Primavera, época de reprodução de muitos animais, e ocasiões como essa da gambá morta acabam se tornando corriqueiras. “Ao se deparar com animais em escolas, quintais de casa, prédios públicos, praças, entre outros locais, sejam eles gambás, ouriços, lagartos, desde que estejam saudáveis, nós mesmos fazemos a captura e a soltura. Quando são filhotes ou animais adultos machucados, acionamos o IAT. Porém a orientação inicial para o morador é sempre isolar o local com uma caixa de papelão perfurada para evitar ataques de outros animais. Em seguida, a pessoa deverá entrar em contato com o Meio Ambiente pelo fone 3614-7483 ou no setor de fauna do IAT, em Curitiba”, informou o veterinário Gustavo Warich.
Ele explica ainda que, dependendo da situação, o morador recebe orientações sobre a maneira correta de transportar os bichinhos até a SMMA ou então a própria secretaria irá até o local. “Em relação às responsabilidades, compete ao município a captura, a apreensão, e o recebimento desses animais, além do encaminhamento, seja para soltura, ou para o IAT, no caso de filhotes ou animais feridos. No IAT, eles fazem a destinação correta. Quando filhotes, irão para voluntários que são cadastrados junto ao órgão, para realizar o manejo inicial. Quando feridos, o Instituto busca o atendimento veterinário em clínicas ou hospitais credenciados”, completa Gustavo.
Edição n.º 1441.