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Duas figuras emblemáticas, conhecidas pelo mundo inteiro. Tantas pessoas levam este nome, lembrando estes dois personagens da história. Talvez sejam os nomes mais utilizados no planeta, ou então, estão entre os mais comuns. Marcaram história e, com certeza, serão lembrados em todos os tempos como dois homens diferenciados, entre os mortais. Mas o que mesmo os diferencia a ponto de serem tão venerados pelos quatro cantos do mundo?

Para começo de conversa, é bom lembrar que os dois foram muito diferentes como personalidade. Pedro, um pescador bastante rude, um tanto teimoso, e com pouco estudo. Paulo, um letrado, um doutor, profundo conhecedor das artes sagradas. Mas ambos, profundamente apaixonados pelo evangelho de Jesus Cristo. Um, Pedro, o conheceu pessoalmente, com ele conviveu, e dele recebeu as chaves do Reino dos céus. Tornou-se o primeiro papa da história cristã. O outro, inicialmente era um perseguidor ferrenho de todos aqueles que seguiam os ensinamentos do Messias. Depois que caiu do cavalo, começo dentro dele um processo profundo de conversão, a ponto de tornar-se um defensor implacável do evangelho e da boa nova de Jesus Cristo.

Por causa das diferenças de pensamento que existia entre os dois, o inicio do cristianismo foi marcado por momentos fortes de tensão. Teve, inclusive, o perigo de um cisma já no início da era cristã. Pedro, um judeu bastante convicto e apegado às tradições judaicas, queria que os pagãos convertidos ao cristianismo seguissem as tradições provindas do judaísmo, tais como, não comer carne de porco e a circuncisão. Paulo, bem mais livre das normas da lei, defendia a ideia de que estes não deveriam assumir tais tradições. Isso causou um grande mal estar entre eles, e dividiu de certo modo os cristãos entre aqueles a favor de Paulo e os a favor de Pedro.

Para resolver tal situação emergencial, convocaram o chamado Concilio de Jerusalém no ano 70. Invocaram o Espirito Santo, e guiados por ele, tomaram a decisão que satisfez ambas as partes. Inclusive, no final do concilio, eles atestaram: ‘nós e o Espirito Santo decidimos..’, ou seja, ambos foram humildes em ceder nas suas posições, pois o que os movia, era a causa do evangelho, a pessoa de Jesus Cristo.

Graças a ambos, o evangelho saiu dos domínios de Israel e foi anunciado pelos recantos do mundo inteiro. Profundamente apaixonados por Jesus Cristo, a ponto de Paulo dizer, ‘já não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim’, suportaram perseguições, calúnias, prisões e no final, a morte por sua causa. Nada temeram, pois tinham a plena convicção de que o evangelho estava acima de tudo, e por causa dele, eles enfrentaram todos os desafios que foram surgindo ao longo da missão.

Eles são e continuarão sendo os grandes baluartes do evangelho, os exemplos maiores do seguimento a Jesus Cristo. São modelos que devemos seguir, mas cada um com o seu jeito único e próprio de ser. Somos diferentes, e a diferença, longe de ser um mal, de ser algo a ser evitado e destruído, é sinal de crescimento. É simplesmente impossível e desumano querer que todos pensem do mesmo modo e tenham os mesmos gostos. A diferença nos faz Igreja mais criativa, mais animada e mais universal. No entanto, isso não é motivo para nos afastarmos daquilo que é o essencial da nossa pregação: Jesus Cristo e o seu evangelho.

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