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Ediandro (camisa 12) e Alex (4º sentado de vermelho) venceram as dificuldades
Superação que veio através do esporte
Ediandro (camisa 12) e Alex (4º sentado de vermelho) venceram as dificuldades

 

A amputação de uma das pernas não foi uma sentença de morte para os araucarienses Ediandro (Ed) Casagranda, 28 anos, e Alex Witkovski, 25. Em 2012 os dois, em situações distintas, foram vítimas de acidentes de trânsito, ficaram gravemente feridos e tiveram que amputar a perna direita. Mas dar-se por vencido não foi a opção para a dupla.

Eles conseguiram passar por todas as etapas difíceis da amputação, perceberam que deveriam fazer algo por eles mesmos, não deveriam se deixar abater pelos fatos e recomeçar a vida do zero. Foi aí que o paravôlei (vôlei sentado) entrou na vida da dupla. Alex começou a jogar há pouco mais de um ano e Ediandro há pouco mais de um mês. Hoje os dois estão no mesmo time, o Círculo Militar.

No último final de semana eles disputaram um amistoso em São Paulo, contra o time do Sesi, bronze nas Olimpíadas. No próximo dia 15 de abril eles vão jogar pela 1ª etapa do Regional Sul de Paravôlei, que será no Círculo Militar, em Curitiba.

“Comecei a jogar uns três dias depois que tirei os pontos da amputação, faz um mês mais ou menos, estou indo bem, o técnico e o preparador físico acreditam em um grande futuro para mim no paravôlei. Estou amando esse esporte, que me deu uma nova vida. Ao contrário do que imaginava, amputar a perna abriu muitas portas para mim”, disse Ediandro.

“Antes do acidente eu costumava jogar futebol e vôlei, mas apenas por diversão. De início foi um choque saber que não poderia voltar a praticá-los do mesmo modo que antes. Sou aposentado, militar da Reserva Inativa, e conheci um militar na ortopédica em que eu fazia reabilitação. Depois de um tempo ele passou meu contato para o professor Marcelo, técnico do time, ele entrou em contato comigo e fez a proposta para conhecer o paravôlei. Aí fui lá, fiz um teste, passei e estou treinando até hoje e não largo por nada. Praticar esporte é tudo de bom, nos livra do sedentarismo, aumenta nossa autoestima e faz um bem danado pra nossa saúde”, comenta Alex.

O técnico do time, Marcelo Francisco de Oliveira, elogiou o esforço, a dedicação e a disciplina dos dois atletas, afirmando que eles têm grandes chances de serem convocados para a Seleção Brasileira e competir nas Paraolimpíadas. “Tanto o Alex, que já está há mais tempo conosco, quanto o Ed, que começou há menos de um mês, têm um potencial enorme, e posso garantir isso diante da minha experiência, pois estou desde 2004 trabalhando com o vôlei sentado. Certamente eles serão chamados para as etapas de treinamento e as chances de entrar para a Seleção são muitas. Só tenho a agradecer por ter encontrado esses dois talentos para compor a minha equipe”, comentou.

 

Foto: divulgação

Publicado na edição 1106 – 29/03/2018

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