Na manhã de quarta-feira (25/06), o Sindimont/PR, que representa os trabalhadores do setor de montagem e manutenção industrial, que atuam na Repar e na Ansa (antiga Fafen), realizou uma assembleia em frente à refinaria, para dar início à campanha reivindicatória da categoria. No ato, representantes sindicais reforçaram as cobranças sobre a precarização das condições de trabalho, denunciaram os atrasos nos pagamentos por parte das empresas terceirizadas e exigiram que a Petrobras assuma sua responsabilidade na fiscalização.

No dia 1º de junho foi a data-base da categoria e os sindicatos dos trabalhadores iniciaram o processo de negociação com as empresas. Durante a assembleia, o Sindimont apresentou a contraproposta extraída em debates com as empresas, que consistia em um reajuste salarial de 5,98% e de benefícios de forma linear, retroativos a 1º de junho. “A categoria rejeitou a proposta por unanimidade. Diante disso, a assembleia estabeleceu um prazo de 72 horas, conforme a legislação de greve, para que as empresas apresentem uma nova proposta. Caso isso não ocorra, os trabalhadores de montagem e manutenção industrial que atuam na Repar na Ansa (antiga Fafen), poderão paralisar as atividades”, explicou o Sindimont.

Enquanto isso, o sindicato afirma que já houve tentativas das empresas de reabrir as negociações e apresentar uma nova proposta, e disse estar à disposição para dialogar. “Em resumo, ontem (quarta) foi apresentada uma proposta que foi recusada, referente à renovação da convenção coletiva de trabalho que estabelece as normas para o período de um ano (2025-2026). Se não houver avanços nas negociações, provavelmente na próxima semana o sindicato convocará uma assembleia para definir o dia de início da greve”, argumentou o Sindimont.

REINVIDICAÇÕES

Ainda na assembleia geral, o presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, e o coordenador do Sindiquímica-PR, Rodrigo Pexe, cobraram providências diante dos diversos problemas apresentados pelos trabalhadores das empresas que prestam serviços no Sistema Petrobras.

“Estamos aqui para abordar algumas questões relevantes que afetam os trabalhadores que representamos, tanto na refinaria quanto na Fafen. Entre eles, a falta de EPIs adequados e uniformes em condições de uso por parte da empresa Engevale, que atua na Repar, é inaceitável diante do frio extremo que atinge a região. A categoria reclama do fornecimento insuficiente de jaquetas e a entrega de uniformes rasgados”, apontou Alexandro Jorge.

Rodrigo Pexe complementou, afirmando que o Sindiquímica recebeu diversas reclamações dos trabalhadores, dentre as principais, o atraso nos pagamentos de salários, falta de mão de obra qualificada, ausência de EPIs, não recolhimento do FGTS e, o mais grave, a falta de representação sindical para esses trabalhadores”, declarou.