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O CECC, que chegou a registrar 800 atendimentos por dia, hoje registra uma média de 200. Foto: Marco Charneski
Vacinação avança e movimento no CECC também começa a reduzir
O CECC, que chegou a registrar 800 atendimentos por dia, hoje registra uma média de 200. Foto: Marco Charneski

Durante a pior onda da pandemia, em março de 2021, o Centro Especial de Combate ao Coronavírus (CECC) Sandra Maria Aparecida Ribeiro, chegou a atender 800 pessoas por dia, e hoje o que se vê, são estatísticas muito mais alentadoras. O médico Regis M. Scheffer Szeliga, responsável técnico pelo Centro, disse que os números baixaram e estabilizaram, com cerca de 100 a 200 atendimentos por dia e uma média de coleta de exames em torno de 100. “Há uma queda na positividade dos testes, refletindo um estágio de maior controle da transmissão e um aumento do número de emergências respiratórias não relacionadas a infecção pelo Sars-Cov-2. O mês de julho foi o primeiro com menos de 4.000 atendimentos, em meses”, ilustrou.

Para o médico, o excelente trabalho no enfrentamento à Covid desempenhado pela rede municipal, teve grande impacto a partir da ampliação de recursos humanos, equipamentos (o CECC tem hoje 8 respiradores artificiais, quando no início da pandemia trabalhava com apenas três), adequação dos insumos como medicamentos, muitas vezes utilizando associações de drogas e esquemas poupadores para evitar a falta, e oxigênio, hoje contando com rede de oxigênio instalada em 32 pontos. “Também tivemos treinamento contínuo e atualização constante de toda a equipe, garantindo o melhor tratamento, sempre respaldado pelas sociedades científicas e com foco no atendimento ágil, humano e eficaz, visando a maximização das chances de sobrevivência de cada paciente que desenvolveu a forma mais grave da doença”, observou.

O CECC também se destacou no setor de atendimentos ambulatoriais, com frequência próxima a 400 casos ao dia, com mais de 200 coletas de teste RT-PCR para detectar a presença do vírus e orientações quanto aos sinais de alerta e medidas de isolamento domiciliar, monitoradas pelo sistema Disk Corona, até a alta do paciente. “O Centro atendeu com serviços de laboratório 24h e tomografia, das 9 às 21h, apoiando a equipe na decisão quanto a necessidade de internamento mais prolongado e medidas específicas a serem adotadas. Tivemos a presença de equipe de médicos emergencistas 24h, com treinamento em manejo de emergências respiratórias, intubação, sedação, estabilização clínica, garantindo segurança ao paciente mais grave. Podemos afirmar com satisfação que, apesar do número de perdas de vidas elevado, que é característico desta pandemia, Araucária não perdeu um único paciente por falta de assistência médica adequada ou recursos”, disse o Dr Régis.

Ainda de acordo com ele, paralelamente ao avanço da vacinação, foi perceptível a redução do número de admissões das faixas de idades mais avançadas, com menor gravidade dos casos, e proporcionalmente um aumento do número de pacientes mais jovens, entre 30 e 50 anos de idade, não necessariamente com outras doenças prévias.”O número de procedimentos invasivos como intubação e necessidade de respiração através de aparelhos, que chegou em um dia específico a 7 pacientes, vem caindo para algo em torno de um ao dia. As hospitalizações desde o início foram priorizadas através da rede estadual da 2ª Regional de Saúde (metropolitana) nos hospitais com leitos específicos para Covid. Tivemos a necessidade de abertura de leitos UTI de emergência no HMA em duas ocasiões durante a pandemia, momentos em que a rede estatual esteve saturada, e isso garantiu a capacidade de atendimento em nível municipal”, destacou o responsável pelo CECC.

A redução de casos também refletiu na rapidez dos resultados dos testes de Covid 19. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os resultados tem sido emitidos em, no máximo, 48 horas. O que geralmente demora é o contato entre as UBS e os pacientes, dependendo do volume de resultados.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1273 – 05/08/2021

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