É triste quando você fica na frente do espelho e não gosta do que vê. Um corpo que traz as marcas do tempo e de um procedimento médico que não saiu como o esperado. É este drama que vive a vendedora ambulante de doces Elza Bespalhok, 62 anos, moradora do Conjunto Maranhão, no bairro Costeira. Ela sai todos os dias de casa, mesmo com a auto estima abalada, para vender seus doces no palito, porque precisa ajudar no sustento da casa. A família de Elza se resume a ela e um filho que sofre de problemas cardíacos. O outro filho ela perdeu para um câncer e o marido a abandonou.
Mas a moradora segue na luta, porém, muito infeliz, devido a um problema de saúde, que ela não está tendo condições de tratar. No dia 26 de agosto de 2019 ela fez uma cirurgia de hérnia e uma colectomia (retirada de um metro do intestino), de extrema urgência, no Hospital Municipal de Araucária. A cirurgia foi bem sucedida, mas depois Elza começou a ter algumas complicações como TEP e infarto pulmonar. “Num período de dois meses, tive três internamentos, somando 29 dias de hospital. Por ter sido uma cirurgia considerada grande, foi feito um corte profundo e longo, que infelizmente me deixou com o chamado abdômen avental, com uma fenda na vertical. O que já era feio, ficou ainda pior. Nem mesmo com roupa consigo esconder essa fenda. Parece que tenho duas nádegas, uma na frente e outra atrás. Parece cômico, mas é muito triste. Quem tem um abdômen avental sabe do que estou falando”, relata a moradora do Costeira.
Diante disso, Elza precisa fazer uma cirurgia plástica (abdominoplastia), cuja fila de espera pelo SUS é de aproximadamente 6 anos. “Não é uma cirurgia apenas estética. É uma necessidade que vai melhorar muito meu lado emocional, até a higiene pessoal”, comenta. O problema é que Elza não tem o valor para pagar a cirurgia, que gira em torno de R$ 20 mil. Ela também necessita fazer alguns exames mais precisos, por conta do infarto pulmonar, o que exige mais cuidados. “Precisarei de consultas, hospital, exames, cintas, remédios, massagens linfáticas, curativos, etc, e ainda terei que comprar algumas roupas. A obesidade não me incomoda, assim como estrias, varizes, cicatriz e o umbigo que não tenho mais, o que me incomoda é minha barriga horrível. Não posso nem pensar em ir à praia”, lamentou.
Decidida a mudar esse quadro, Elza lançou uma vaquinha solidária para arrecadar fundos e pagar a cirurgia, e está pedindo ajuda das pessoas para alcançar seu objetivo. “Precisando da ajuda financeira de cada um de vocês. Pode ser um pouquinho, qualquer valor já fará uma grande diferença. Tenho certeza que todos entenderam a minha necessidade. Sei que muitos irão me criticar, mas creio que muitos irão me apoiar. Caso vocês não possam contribuir financeiramente, peço apenas que compartilhem esse apelo, para chegar a outras pessoas. Quero agradecer a todos desde já, e se for da vontade de Deus, tudo dará certo”, acredita Elza.
Serviço
Se você deseja contribuir com a causa da dona Elza, seguem os dados pessoais e o número das contas bancárias. Santander: agência 4409 / conta corrente 1038176-7; Bradesco: agência 6026-7 / conta poupança 1000777-1. Depósitos devem ser feitos em nome de Elza Aparecida Bespalhok, CPF 355.376.989-00. Mais informações pelo fone (41) 9 9809-5846. E se você quiser ouvir a própria Elza contando um pouco da sua história, acess https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2938814626139412&id=1000b00327099595
Texto: MAURENN BERNARDO
Foto: Everson Santos
Publicado na edição 1203 – 12/03/2020