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1 em cada 9 homens pode ter câncer de próstata, alerta urologista
Foto: Divulgação

Depois do câncer de pele, o de próstata é o mais comum entre os homens. Estima-se que a cada 9 homens, 1 terá, ao longo da vida, o câncer de próstata, tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.

O urologista da Clínica São Vicente, Fabio Maurizio Nery, que atende adultos e crianças, observa que o rastreio do câncer de próstata se inicia aos 50 anos, porém reforça que o urologista trata de diversas outras questões, como fertilidade, sexualidade, check-up, cálculo renal, dentre outras, devendo ser procurado mais precocemente. “O rastreio é realizado com o exame de sangue (PSA) e o exame de toque retal. Se um deles estiver alterado, será necessária uma biópsia de próstata”, adverte.

Além da hereditariedade, o urologista explica que a idade, tabagismo, sedentarismo, com destaque para a obesidade, são fatores de risco para a doença. “Sem dúvidas, o estilo de vida interfere no aparecimento desse câncer e de muitos outros. Vale ressaltar que os homens negros também fazem parte de um grupo de risco, pois essa população apresenta, estatisticamente, uma maior chance de desenvolver câncer de próstata ao longo da vida. Quando presente, costuma ser mais agressivo. Por esse motivo, homens negros devem iniciar o rastreio a partir dos 45 anos”, orienta.

Outro ponto importante que o Dr Fabio Maurizio Nery destaca é o fato de muitos casos de câncer de próstata serem diagnosticados em estágio avançado. “Quando diagnosticado em uma situação em que a doença se espalhou pelo corpo (metástase), o tratamento mais utilizado é a hormonioterapia, que reduz drasticamente os níveis de testosterona do paciente”, alerta.

Tratamentos

Os tratamentos mais comuns são a cirurgia (retirada completa da próstata) ou radioterapia. “Existem casos em que o câncer tem baixo potencial de malignidade e, para estes, realizamos apenas um acompanhamento de perto. Se houver mudança nas características, aí sim optamos por algum dos dois tratamentos”, diz o médico. Ele acrescenta que a cirurgia pode causar sequelas como incontinência urinária e impotência sexual, porém técnicas mais modernas, como a cirurgia robótica, vêm tentando reduzir as taxas dessas complicações.

“Destaco a importância da campanha Novembro Azul, que inicialmente era focada apenas no rastreio do câncer de próstata e hoje abrange a saúde geral do homem. Muitos casos em que o paciente não se mobiliza para marcar seus exames são revertidos graças aos familiares que, ao verem a campanha, incentivam o homem a ir à consulta”, declara o médico.

Edição n.º 1442.

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