100 vidas!

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Não há precedentes nos 131 anos de emancipação política de Araucária de que alguma doença e/ou fato tenha matado em tão curto espaço de tempo tantas pessoas quanto o novo coronavírus.

Só a constatação acima deveria ser alarmante o suficiente para que tivéssemos consciência acerca do perigo da Covid-19. Porém, como sabemos, não é isso o que está acontecendo em Araucária e no Brasil como um todo. Muitas pessoas seguem não se cuidando o suficiente. E, por consequência, seguem sujeitando todos ao seu redor ao risco de contrair uma doença que pode, sim, ser fatal.

Essa irresponsabilidade que, infelizmente, parece ser algo natural para muitos, está fazendo com que centenas de famílias moradoras de nossa cidade tenham um espaço vago na Ceia de Natal deste 2020.

Triste é também a constatação de essa cadeira vazia ao redor da mesa farta de Natal, em muitos casos, era algo evitável. Afinal, não estamos mais em março ou abril, quando pouco se sabia das medidas de prevenção ao novo coronavírus. Atualmente, embora ainda não se saiba o suficiente sobre a doença, já é possível afastar consideravelmente as possibilidades de contágio. Mas seguimos não fazendo isso. Seguimos nos aglomerando. Seguimos não utilizando máscara. Seguimos dividindo cuias de chimarrão, canudos, copos, seguimos nos abraçando, nos beijando e assim por diante. Seguimos espalhando o vírus.

E, ao seguir espalhando o vírus, continuamos a tirar entes queridos de nossas mesas de Natal. Seguimos, culposamente, contaminando e matando pessoas. Sim, porque de alguma forma, todos temos nossa parcela de culpa na proliferação da Covid-19. E é essa consciência que ainda não adquirimos: a de que não estamos enfrentando uma doença que pode ser vencida sozinha. Ao contrário de outros males, que afetam apenas o seu corpo e que você pode gritar “o corpo é meu e faço dele o que eu quiser”, no caso da Covid não funciona assim.

Quem se aglomera, quem não se cuida, não se mata sozinho, pode também estar ajudando a matar a todos que convivem com ele, seja na rua, em casa, no trabalho e/ou outro lugar qualquer. Pense nisso!

Publicado na edição 1242 – 10/12/2020

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