1º Futebol de Deficientes Visuais inspira torcedores

Os deficientes visuais ouviam os sons emitidos pela bola e davam seu show em campo
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Os deficientes visuais ouviam os sons emitidos pela bola e davam seu show em campo
Os deficientes visuais ouviam os sons emitidos pela bola e davam seu show em campo

Legenda 1
Quebrar preconceitos e mostrar que todos podem alcançar suas metas e se divertir. Esse foi o objetivo do 1º Futebol dos Deficientes Visuais organizado pela Fênix Sports, no Costeira. A partida aconteceu dia 17 de maio e atraiu a atenção de amigos e familiares, que se alegraram e aprenderam importantes lições durante o confronto.

De acordo com Marcelo Murin, organizador do evento, a ideia surgiu ao ver um rapaz da região que sempre participava em ações sociais e gostava de futebol, mas não conseguia jogar com os colegas devido à sua deficiência. “Então, decidimos entrar em contato com o Instituto Paranaense dos Cegos para conversar a respeito, e ganhamos de presente uma bola especial que emite sons cada vez que é chutada”, conta.

Com essa bola em mãos, bastou marcar a data e convidar os interessados. “Recebemos seis jogadores cegos, entre eles o atleta Tiago, que já jogou na seleção brasileira, e o angolano Mauricio, que se des­tacou em campo junto com o curitibano Rui”, conta.

No entanto, quem atraiu a atenção mesmo foi o morador do Costeira, Dilmar Schmidt, de 38 anos. “Pra mim foi um prazer jogar com esses rapa­zes porque eu nunca tinha feito algo assim, então segui o som emitido pela bola e brinquei bastante”, conta o jovem, que perdeu sua visão aos 12 anos de idade devido à catarata e a um descolamento de retina.

Foi divertido!

Além desses jogadores ensinarem uma importante lição de perseverança a todos os presentes, quem tirou um tempinho para assistir à partida também aproveitou para dar boas gargalhadas. “As pessoas que entraram no jogo para completar as equipes precisaram usar vendas, e a gente percebia que eles estavam totalmente perdidos dentro do campo, então se batiam e só atrapalhavam o jogo”, conta Marcelo, aos risos.

Como isso só aconteceu com os jogadores vendados, o organizador pretende realizar outras partidas e ainda montar uma equipe oficial de deficientes visuais na cidade de Arau­cária. “O que falta pra eles é incentivo, então já estamos entrando em contato com entidades da cidade e buscando parcerias para que as aulas sejam gratuitas”, adianta. Os interessados em colaborar com o projeto ou em participar dele podem entrar em contato pelos telefones 9126-0501 e 3643-6771 ou diretamente na Fênix Sports, localizada na rua Bernardino Lemos, 223.

Texto: Raquel Derevecki / FOTOS: EVERSON SANTOS

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