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Todo cidadão pode se tornar um jurado, basta ter 18 anos completos e conduta ilibada. Foto: Everson Santos
Acusado de matar mestre de obras a machadadas vai à júri pela segunda vez
Foto: Everson Santos

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Araucária vai julgar nesta quinta-feira, 9 de dezembro, Alberi Amaral Branco, o Bile, acusado pela morte a golpes de machado de João Maia, em 7 de junho de 2010. Bile já enfrentou um júri popular em agosto de 2019, sendo condenado na ocasião, a 5 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado.

Na ocasião, o réu foi submetido a julgamento por suposto homicídio, mas teve o crime desclassificado para lesão corporal seguida de morte, já que a maioria dos jurados decidiu reconhecer que ele não assumiu o risco de produzir a morte da vítima. A defesa de Bile recorreu da decisão e conseguiu a anulação daquele júri, que agora será realizado novamente.

Relembre os fatos

Na época dos fatos, Bile e João Maia trabalhavam juntos em uma obra na Chácara do Mulinha, na localidade rural de Fundo do Mato (Contenda), divisa com Guajuvira de Cima (Araucária). Eles teriam bebido além da conta, se desentendido e, durante a briga, o servente teria dado uma martelada na testa do mestre de obras, e depois jogado o corpo dele em um poço, fugindo em seguida.

O corpo de João só foi encontrado no dia 9 daquele mês, dois dias depois do crime, após o proprietário da chácara, conhecido como Mulinha, ter recebido um dia antes, em sua casa, a visita de Alberi, que teria ido comunicar que a obra estava pronta e também teria pedido um dinheiro. Ele achou estranha a atitude do funcionário, pois um dia antes a mulher de João já havia lhe telefonado, comunicando da briga entre os dois. Sendo assim, ele decidiu ir até a propriedade para ver se ele estava falando a verdade.

Ao chegar na chácara, distante uns 200 metros da estrada principal, e sem vizinhos por perto, ele encontrou marcas de sangue por toda a casa. Mulinha ficou assustado, chegou a procurar pelos dois funcionários no hospital, mas como não encontrou nada, levou o fato até a Delegacia de Araucária, temendo que algo horrível pudesse ter acontecido. Os policiais civis então acompanharam Mulinha até a propriedade e encontraram sangue, tanto pela casa quanto em algumas ferramentas jogadas ao seu redor. Nas buscas, também conseguiram encontrar o corpo de João Maia submerso de cabeça para baixo, dentro de um poço, que havia sido recém coberto.

Absolvido

O réu Adan Ferreira de Lima, acusado de homicídio contra Andrei da Silva Lima, foi julgado e absolvido pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Juri de Araucária, em sessão ocorrida na quinta-feira, 2 de dezembro. O crime pelo qual Adan respondia ocorreu no dia 26 de dezembro de 2012, no bairro Santa Regina. De posse de uma arma de fogo, ele atirou contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, Adan teria agido por vingança, uma vez que Andrei teria sido o autor do homicídio que vitimou seu pai, João Maria Ferreira de Lima.

Publicado na edição 1291 – 09/12/2021

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