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Pais de alunos entraram em contato com a reportagem do Jornal O Popular, manifestando a preocupação com a falta de segurança em algumas instituições. Segundo eles, não existe um controle rigoroso na entrada de pessoas que não estudam ou trabalham no colégio. “Eu mesmo precisei entrar no colégio da minha filha esses dias e o portão estava aberto e não tinha ninguém para pedir minha identificação e qual o motivo da minha visita. Confesso que fiquei preocupada, até perguntei pra minha filha se é normal acontecer isso e ela disse que não, que sempre tem um inspetor no portão, mas eu pergunto, onde ele estava naquele momento”?, comentou uma mãe, que preferiu não se identificar e nem citar o nome do colégio.

Outra mãe, que também preferiu ficar no anonimato, relatou que tem receio do que possa acontecer com o filho se um dia alguém encontrar o portão aberto e resolver invadir o seu colégio para fazer algum mal aos estudantes. “Hoje em dia a gente vê cada coisa, situações onde pessoas estranhas entraram em escolas e cometeram atrocidades, por isso, acho que todo cuidado é pouco. No mínimo, deve haver um controle rigoroso na entrada e na saída de qualquer pessoa, no colégio, seja estudante, funcionário, pai ou outros”, comentou ela.

O diretor do Colégio Agalvira Bittencourt Pinto, que fica no Jardim Industrial, Alessandro Vieira Rosa, disse que quem faz o controle no portão da instituição são os inspetores. “Sabemos que no Colégio Dias da Rocha, por exemplo, que agora é um colégio cívico-militar, o governo do estado está investindo pesado em segurança, até por questões de publicidade, mas aqui no Agalvira temos os nossos inspetores, que fazem esse trabalho de controle de acesso”, comentou.

Da mesma forma o Colégio Estadual Prof. Maria da Graça Siqueira Silva e Lima, no bairro Costeira, informou que a entrada dos estudantes é acompanhada pelas inspetoras, no horário inicial de cada turno, depois o portão é trancado e aberto somente na hora da saída. “A entrada de estudantes que perderam o horário, pais e comunidade em geral é realizada pelo portão da frente, que dá acesso à secretaria. Quem faz o atendimento são as funcionárias da secretaria, pedagogas e direção. E sempre que necessitamos, buscamos auxílio junto à Patrulha Escolar, esporadicamente junto à Patrulha de Trânsito e principalmente à Guarda Municipal, que prontamente nos atende”, explicou a direção do colégio.

Patrulha Escolar

O BPEC – Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar do Paraná, informou que as viaturas do programa atendem todas as escolas municipais e estaduais de Araucária, com revezamento nos horários de entrada e saída dos estudantes.

Disse ainda que quando ocorrem situações em que a presença policial é necessária, a Patrulha Escolar é acionada pelos diretores das instituições, através do fone 190.

Escola Segura

O programa Escola Segura, do governo do estado, que também foi criado para levar mais segurança às instituições da rede estadual de ensino, continua em operação, porém não atende todas os colégios de Araucária. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, atualmente o programa funciona apenas nos colégios estaduais Monteiro Lobato, Lincoln Setembrino Coimbra, Maria da Graça Siqueira Silva e Lima e Marilze da Luz Brand. “Alguns colégios contam com a presença de um policial militar da reserva e outros com dois PMs”, citou a SEED.

Apesar de o Escola Segura parecer uma ferramenta importante para manter a segurança dos colégios, muitos diretores afirmam que se trata de um programa falido. “Não

não tem efetivo para atender todas as unidades educacionais da rede, então os policiais que ainda fazem parte, precisam fazer rodízio”, comentou uma diretora. Outro diretor reforçou que o Escola Segura atende poucas instituições, isso porque muitos policiais aposentados, que deveriam atuar no programa, não têm mais interesse em participar.  

Pais reclamam da deficiência no controle de acesso em alguns colégios
Foto – Emanoel dos Santos

Texto: Maurenn Bernardo

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