Os Estados Unidos gostam de se gabar como guardiões da democracia mundo afora. Agem com a força da propaganda midiática ocidental através das agências noticiosas como a Reuters. Abusam das massacrantes narrativas unilaterais em todos conflitos dos seus interesses. Porém, não gostam de se lembrar das manchas da sua história democrática.
Um destes episódios vergonhosos, verdadeiro caça às bruxas, expõem o lado sombrio do povo norte americano conhecido como “Macarthismo”, que foi laboratório do denuncismo barato, acusando oponentes de comunistas. Servia para aterrorizar como bicho papão na época da segunda guerra mundial. Insuflado pelo discurso anticomunista do Senador direitista, Joseph McCarthy, um jovem e medíocre juiz metido na política. Coincidência o Moro? Macarthismo nada tem a ver com o General MacArthur, o laureado herói americano na guerra do pacífico.
Acontece que a terra gira ao redor do sol, tudo é cíclico nessa vida, e este discurso aparentemente sem apelo político após a derrocada da União Soviética em 1991 voltou com a corda toda ultimamente trocando governantes locais por “paus mandados de americanos”.
Com a evolução tecnológica, onde satélites e algoritmos programam o que pode ou não ser viralizado e monetizado, a força do dólar ainda patrocina a política americana e o mesmo discurso foi ressuscitado pela extrema direita, já que a China é o bicho papão da vez. Trump lá, Netanyahu em Israel, Zelenski na Ucrânia, Orban na Hungria, Bolsonaro no Brasil e agora Milei na Argentina contam com internet, rede sociais, espionagem judia e o silêncio da Grande Mídia Ocidental para corromper a democracia, modelito norte americana.
Edição n.º 1390