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Padre André Marmilicz: “Ide e convidai a todos para o banquete” (Mt 22,9)

Padre André Marmilicz: “Ide e convidai a todos para o banquete” (Mt 22,9)
Foto: Divulgação

Estamos no mês de outubro, e, para nós católicos, esse é o mês missionário. No próximo domingo, dia 20, vamos celebrar o dia mundial das missões. Todos nós, no dia do batismo, recebemos a missão de evangelizar, de levar a boa nova do Reino de Jesus a todas as pessoas. Nos tornamos sacerdote – a nossa missão de rezar; – profeta – a nossa missão de anunciar o evangelho e denunciar tudo aquilo que vai contra a boa nova de Jesus; rei – ou seja, a nossa missão de servidores, a exemplo do Mestre, que ‘não veio para ser servido, mas, para servir e dar a vida em resgate de muitos’. E, cada ano, a Igreja, na pessoa do nosso papa, escolhe um tema para ser refletido ao longo do mês.

Citamos textualmente o que diz o nosso papa Francisco a respeito desse tema: ‘Para o dia mundial das missões, tirei o tema da parábola evangélica do banquete nupcial. Depois que os convidados recusaram o convite, o rei – protagonista da narração – diz a seus servos: “Ide às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes” (Mt 22, 9). Refletindo sobre esta frase-chave, no contexto da parábola e da vida de Jesus, podemos ilustrar alguns aspectos importantes da evangelização. Tais aspectos revelam-se particularmente atuais para todos nós, discípulos-missionários de Cristo, nesta fase final do percurso sinodal que, de acordo com o lema: ‘Comunhão, participação, missão’, deverá relançar o seu empenho prioritário, isto é, o anúncio do evangelho no mundo contemporâneo”.

O texto inicia com este convite para a festa, para o banquete, ‘ide e convidai’, toda a humanidade para o encontro e a comunhão com Deus. Deus está sempre em saída ao encontro de todo ser humano para o chamar à felicidade do seu Reino. Assim Jesus Cristo, bom pastor e enviado do Pai, vai ao encontro das ovelhas da casa de Israel, desejando alcançar a todas as ovelhas, sobretudo, as mais distantes e sofridas. Assim também, hoje a Igreja é chamada a continuar a missão do mestre, indo a todos os cantos, levando a boa nova do seu evangelho e, assim, cumprir fielmente a missão recebida do Senhor. Todo cristão é chamado a tomar parte nessa missão universal com o testemunho evangélico em cada ambiente, para que toda Igreja saia continuamente com o seu Senhor e Mestre rumo às ‘saídas dos caminhos’ do mundo atual.

Na parábola, o rei pede aos seus servos que levem o convite para o banquete das bodas de seu filho. Os discípulos de Jesus são chamados a continuar esta mesma missão do seu Mestre e Senhor. Assim como os primeiros cristãos sentiam a urgência do anúncio do evangelho, hoje nós devemos propor a beleza do seguimento de Jesus. Enquanto o mundo propõe tantos banquetes consumistas, pautados no egoísmo e na acumulação, o evangelho nos chama a todos para o banquete onde reinam a alegria e a partilha.

Todos são chamados a participar do banquete do Reino, sem excluir ninguém e, nós, somos enviados a levar a boa nova do Reino a todos os homens. Os discípulos-missionários de Cristo trazem sempre no coração a preocupação por todas as pessoas, independentemente da sua condição social e mesmo moral. Os convidados especiais do rei são os últimos e os marginalizados. Devemos pedir continuamente ao Senhor que nos guie e ajude a ser uma Igreja mais sinodal e mais missionária.

Edição n.º 1437.

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