Você já se perguntou de onde surgiu a campanha do Outubro Rosa? Ela teve origem nos Estados Unidos e, no Brasil, ganhou visibilidade em 2008. No entanto, foi apenas em 2018, com a promulgação da Lei Federal nº 13.733/2018, que as atividades de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama começaram a ser realizadas oficialmente em todo o país. O principal objetivo da campanha é informar e conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama e seus riscos.
Mas o que a educação tem a ver com a prevenção? A educação é uma ferramenta essencial na promoção da saúde, pois proporciona conhecimento que contribui para o desenvolvimento pessoal e para a melhoria da qualidade de vida. Quanto mais informadas as pessoas estiverem, mais preparadas estarão para tomar decisões que impactem positivamente sua saúde.
E qual é o papel do assistente social na prevenção do câncer de mama? O objeto de trabalho do assistente social é a questão social e suas vulnerabilidades. Historicamente, a “questão social” tem sido vista como um conjunto de problemas que afetam principalmente os mais pobres, como o desemprego, a marginalização e, muitas vezes, o adoecimento. No entanto, essa visão é limitada e ultrapassada.
O assistente social, com sua formação e capacidade técnica, compreende que essas condições de vulnerabilidade são forjadas ao longo do tempo por fatores históricos, culturais e estruturais, incluindo desigualdades no acesso à informação, aos direitos sociais e educacionais. Nesse sentido, o profissional de Serviço Social tem um papel fundamental na conscientização sobre o impacto dessas desigualdades na saúde.
O câncer, afinal, não afeta apenas o corpo, mas também a mente e o bem-estar emocional. É nesse contexto que o psicólogo desempenha um papel fundamental. O diagnóstico de câncer de mama pode desencadear uma série de emoções intensas, como medo, ansiedade, tristeza e até depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para ajudar a paciente a lidar com esses sentimentos, oferecendo suporte emocional e ferramentas para enfrentar os desafios da doença. Além disso, o psicólogo auxilia na ressignificação da experiência da doença, promovendo o fortalecimento da autoestima e ajudando a paciente a desenvolver estratégias para enfrentar o tratamento, os efeitos colaterais e as mudanças corporais e de estilo de vida. Esse cuidado integral com a saúde mental é crucial para a qualidade de vida durante todo o processo de tratamento e recuperação.
Luciene dos Santos Silva – Assistente Social
Marcos Nazario – Psicólogo (CRP 08/29643)
Edição n.º 1438.