Já se perguntou se alguém fez alguma macumba para você? Em certos momentos, a vida parece tomar um rumo tão inesperado, com tantos eventos desafiadores seguidos, que a sensação é de ter “ganhado na loteria” do azar. Surge, então, a pergunta: será que estou com alguma macumba?
Primeiro, vamos entender o que é, de fato, a tão temida “macumba”. Originalmente, “macumba” é o nome de um instrumento musical usado nas práticas religiosas afro-brasileiras. Com o tempo, e influenciadas pelos efeitos da escravidão, do racismo e do preconceito, as práticas religiosas de matriz africana, como o culto aos orixás, passaram a ser distorcidas pela mídia e pela sociedade, especialmente durante a República Velha (1889-1930). Foram então associadas ao termo “macumba” ou “magia negra” – este último ainda mais carregado de conotação racista, pintando a espiritualidade negra como algo “maligno”.
E vale lembrar: mesa boa não é só a “mesa branca” (um termo ligado ao espiritismo kardecista, mais próximo da cultura europeia). A “mesa preta”, por exemplo, é uma prática espiritual que honra os espíritos africanos, caboclos e indígenas – e é minha preferida. Foi ela que me trouxe conhecimento humanitário e espiritual e me tornou a pessoa que sou hoje. A questão não é temer a macumba, mas entender como as energias que criamos e recebemos influenciam a nossa vida.
Sim, magia existe e pode, sim, nos afetar. Magia é o uso de práticas, rituais e intenções para influenciar ou alterar a realidade conforme a vontade de quem a realiza. Orações, propósitos, preces – todos são formas de magia que, quando praticados com disciplina e intenção, podem ser extremamente poderosos. Ao acender velas e fazer suas preces, você está ativando a magia que existe em sua própria consciência espiritual.
Mas aqui está a chave: a magia só se alinha conosco quando estamos em sintonia com quem somos de verdade. Se mantemos integridade em nossos atos, pensamentos e disciplina espiritual, energias positivas encontram um caminho livre para operar milagres em nossa vida. Se, ao contrário, somos instáveis, pessimistas, julgadores, mentirosos ou traiçoeiros, atraímos energias negativas que podem nos puxar para baixo – e nem é preciso uma vela para isso.
Se você sente que alguma força negativa paira sobre sua vida, o primeiro passo é iniciar seu “tratamento” espiritual. Examine sua vida com atenção: quais portas podem estar abertas para energias negativas? Relacionamentos? Trabalho? Amizades? Ao identificar esses pontos, comece a fechá-los, mudando sua postura. Busque ajuda especializada para fortalecer seu campo mental e emocional: pode ser um psiquiatra ou um psicólogo. Ou pela espiritualidade: com guias espirituais, como mães de santo, pastores, padres ou xamãs.
Ao transformar seu estilo de vida, seus pensamentos e sentimentos, e adotar atitudes mais positivas, apenas boas energias irão operar em você. E essas energias poderão realizar verdadeiros milagres, seja ao som de um louvor ou de uma amada macumba. Seja luz, axé!
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Edição n.º 1441.