“Por que você não me diz os números da Mega-Sena, já que é cartomante?” Quantas vezes me deparei com essa provocação, geralmente carinhosa, ao longo da minha trajetória como tarólogo. Mas a questão fundamental aqui é: qual é a verdadeira finalidade de uma consulta de Tarot? E qual é a fortuna que ela realmente nos oferece?
A principal função de uma consulta de cartas é ampliar a percepção do indivíduo sobre a própria vida, dentro de uma perspectiva espiritual e energética. O baralho, em si, não possui nenhum poder mágico. Ele é um sistema simbólico e combinatório que, quando bem aplicado, ajuda o consulente a compreender os ciclos e movimentos que está vivenciando.
No passado, cartomantes, profetas e adivinhos se dedicavam a prever eventos futuros, e há registros dessas práticas em diversos momentos da história, inclusive na Bíblia. Contudo, naquela época, predominava um determinismo absoluto: as predições eram impostas como verdades inquestionáveis, muitas vezes atribuídas a algum deus ou à autoridade do próprio profeta. Isso acabava por ignorar completamente o livre-arbítrio da outra pessoa.
Havia, então, uma certa vaidade espiritual em declarações como: “Sou um grande profeta” ou “Minhas previsões são infalíveis”. Mas, com a evolução da humanidade, da ciência, da tecnologia e da educação, começamos a perceber que podemos, sim, alterar o curso do destino — especialmente o nosso. Esse narcisismo espiritual foi, aos poucos, perdendo força, porque o mundo precisa de indivíduos conscientes e pensantes, não de crentes cegos e privados de sua liberdade de escolha.
E aqui está a verdadeira “Mega-Sena” de uma consulta de Tarot: a expansão da consciência. Ela permite que o consulente identifique padrões e compreenda como pode reescrever a própria história. Uma passagem bíblica ilustra bem isso: certa vez, uma mula desviou o caminho de um homem que se dirigia para a morte e alertou: “Por aqui, vai dar ruim”. Hoje, não precisamos mais de animais para nos alertar sobre escolhas erradas. Uma consulta de cartas, com sua linguagem simbólica e reflexiva, nos oferece a chance de questionar se vale a pena seguir determinado fluxo em áreas como relacionamentos, finanças ou trabalho.
Não é magnífico? Reconhecer a fortuna que existe em nossa liberdade de escolha, nos permite romper com paradigmas que antes pareciam maldições hereditárias. Quando entendemos o nosso poder espiritual pessoal, tornamo-nos, como disse certa vez uma passagem bíblica, “o sal da terra e a luz do mundo”. Essa luz pode iluminar tanto o nosso mundo interior quanto o exterior, e isso é ao mesmo tempo poético e poderoso.
Portanto, respondendo à pergunta inicial: não, o Tarot não vai te dar os números da Mega-Sena. Mas uma consulta bem feita revela riquezas da sua alma tão transformadoras que você pode até se sentir como o próprio ganhador da loteria.
Quer descobrir esse universo comigo? Eu te convido a jogar cartas e mergulhar nessa experiência. Entre em contato pelo WhatsApp: (41) 99861-2815 ou me siga no Instagram: @tarodafortuna. Desejo a você uma semana repleta de riqueza na alma!
Edição n.º 1442.