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Taborda foi homenageado por familiares e policiais militares
Morte de tenente comove população e corporação
Taborda foi homenageado por
familiares e policiais militares

 

O tenente Ricardo Taborda, 27 anos, morador de Araucária, que atualmente pertencia ao 23º Batalhão da Polícia Militar, mas já havia feito parte também da Guarda Munipal, morreu após ser atropelado por bandidos por volta das 21h30 na noite de segunda-feira, 2 de outubro, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), durante uma tentativa de abordagem no Contorno Sul.

O policial e a equipe estavam tentando deter marginais que tinham cometido um assalto em Fazenda Rio Grande e fugido com o carro da vítima, uma caminhonete Fiat Toro. A polícia estava preparando-se para fazer um cerco na rodovia quando, inesperadamente, o carro com os bandidos apareceu.

O tenente Taborda, ao avistar o veículo, saiu da viatura e o bandido jogou o carro em cima dele. O policial, mesmo ferido após o atropelamento, atirou contra o veículo roubado a fim de tentar detê-los. Socorristas do Corpo de Bombeiros chegaram em poucos minutos para atender o tenente, mas devido a gravidade dos ferimentos, nada puderam fazer. Taborda morreu na ambulância.

Na mesma noite, a Guarda Municipal de Araucária, Polícia Militar, Bope e Rocam passaram procurando os bandidos. Um pouco mais a frente do local onde aconteceu o atropelamento, a caminhonete foi encontrada batida, após um capotamento. Os marginais fugiram a pé e passaram a madrugada escondidos.

Na manhã do dia seguinte, o BOPE, com a ajuda de cães farejadores, encontraram os criminosos escondidos em um matagal próximo ao espaço de lazer da empresa Bosch, na CIC, quando iniciaram um confronto trocando tiros. O Siate foi acionado, mas os dois homens, identificados como Willian Paiana Schiminoski e Emerson de Paula Santos, morreram na hora.

Morte de tenente comove população e corporação
O corpo do tenente foi levado a capela do cemitério central ao cemitério do Boqueirão em um caminhão do Corpo de Bombeiros

O velório do tenente aconteceu no cemitério central durante esta terça-feira e o sepultamento foi no cemitério do Boqueirão, por volta das 17h. Muitas viaturas policiais participaram do cortejo fúnebre e o caixão com o corpo foi levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros. Familiares e a corporação realizaram várias homenagens, inclusive o helicóptero da Polícia Militar ficou parado em cima do cemitério e fez uma chuva de pétalas de rosas.

Taborda era casado e tinha um filho de três anos. Sua morte gerou intensa comoção nas redes sociais. A esposa do tenente, Bruna Taborda, comentou que recebeu diversas mensagens de apoio e solidariedade e agradeceu a Polícia Militar pelo apoio e cuidado com o funeral do marido. “O apoio de cada um tem me ajudado a colocar as emoções em ordem e pensar no que vem pela frente”, disse, complementando que está sentido-se incompleta e despedaçada.

Em uma rede social, Bruna publicou: “não há nada que o traga novamente, então só me resta agradecer pelos 7 anos, 4 meses e 10 dias de união. Eu o amei e tive a certeza de que seria o homem com o qual me casaria e teria meus filhos desde o primeiro dia que o vi, o amarei até o final”.

A irmã do tenente, Amanda Taborda, comentou sobre a morte do irmão dizendo que às 22h do último dia 2 recebeu a pior notícia de sua vida. Também na rede social, ela publicou a mensagem: “meu maior desejo era poder te abraçar, te agradecer por ter sido muito mais que um irmão, um amigo. Você foi meu pai! E também dizer que te amo muito e sempre vou te amar. Obrigada por ser meu porto seguro, obrigada por tudo, meu irmão.

Hoje lhe presto homenagem com o silêncio, com estas lágrimas de dor e as saudades que nunca vão calar, passe o tempo que passar”.

Fotos: Marco Charneski e divulgação

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