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Ações marcam o mês de prevenção ao suicídio em Araucária
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O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.

Porém, pode ser prevenido. De acordo com o Ministério da Saúde (MS 2018), saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo pode ser o primeiro e mais importante passo para evitar que o suicídio se concretize.

Em Araucária, uma parceria entre o Departamento de Atenção Psicossocial (DAPS)/SMSA) com as secretarias de Educação, Assistência Social, Esporte e Lazer e Segurança Pública, divulga, sensibiliza e conscientiza os profissionais e a população sobre a importância da prevenção ao suicídio, de acordo com a orientação preconizada pelo Ministério da Saúde e prevista em seu calendário anual como “Setembro Amarelo”.

Além da distribuição de material educativo, o DAPS tem promovido rodas de conversa sobre a temática e lives com profissionais da Saúde Mental. A primeira live aconteceu no dia 13 de setembro, com o tema “Uso de SPA e Suicídio”, por Gastão Zandona, médico clínico geral, que trabalha no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) desde 2017 e compõe a equipe médica na Regulação do SAMU-192 da Região Metropolitana de Curitiba.

A segunda live está prevista para o final de setembro, com o tema “Prevenção ao suicídio: fatores de risco e proteção”, com Thais Paim Marinho, psicóloga do CAPS II. Ela é formada em Psicologia pela FAFIRE/PE em 2014, tem especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, experiência em acompanhamento terapêutico em pacientes com múltiplas dependências em Recife e CAPS III em Curitiba e há 3 anos atua como psicóloga no Centro de Atenção Psicossocial 2 de Araucária.

A terceira live será no início de outubro, com o tema “Importância da escuta e acolhimento na Saúde Mental Infantojuvenil”, e a entrevistada será Vanessa Nogueira. Ela é formada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Paraná em 2016 e tem especialização em Saúde Mental e Formação em Transtorno Espectro Autista (TEA). Atua há 2 anos e 9 meses como terapeuta ocupacional no SECRIA e há um ano é a coordenadora do serviço.

Dados imprecisos

Considerando que a ficha do SINAN desde 2018 suprimiu o item que identificava se a violência autoinflingida havia sido ou não uma tentativa de suicídio, o Departamento de Vigilância Epidemiológica disse que não é possível afirmar, com certeza, se as notificações foram de fato tentativas de suicídio ou não.

Explicou que em 2020 foi registrada uma redução de casos, mas isso pode estar relacionado ao fato de que no ano passado não houve aula presencial nas escolas, um dos órgãos mais notificadores de violência autoprovocada.

Morte violenta

Toda morte violenta exige a instauração de inquérito policial, e o suicídio é considerado uma morte violenta. Segundo a Delegacia de Polícia de Araucária, onde todos os casos são registrados, entre os meses de janeiro a setembro (até a presente data) deste ano, ocorreram 11 casos, todos tiverem inquéritos instaurados e foram concluídos como suicídio mesmo.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1280 – 23/09/2021

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