Nesta edição, O Popular informa em primeira mão a população araucariense que a cidade recuperou a vice-liderança no ranking paranaense de ICMS. Ostentávamos este posto há muitos anos, mas o vimos ser passado ao município de São José dos Pinhais em 2013.
É claro que parte da culpa por termos perdido a segunda colocação foi do Município, que pouco investiu na diversificação de sua economia e sempre preferiu ficar na aba da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), uma monstruosa geradora de impostos. Enquanto dormíamos, São José atraiu para seu território um gigantesco polo automobilístico. O trabalho da cidade deu frutos e eles nos tomaram a posição que por anos ostentamos.
Araucária, porém, tem mais sorte do que juízo. Sorte porque poucos municípios brasileiros podem se dar ao luxo de ter em seu território uma estatal de refino de petróleo, combustível vital para o país. São José dos Pinhais, por sua vez, teve mais juízo do que sorte. Juízo porque não ficou parado e se qualificou para receber um polo industrial forte. O problema é que a venda de automóveis está diretamente ligada ao momento econômico pelo qual passa o país. Logo, se a economia não vai bem, é natural que a venda de carros despenque. E foi justamente o que aconteceu com São José: faltou sorte.
É óbvio que a retomada da segunda colocação no ranking do ICMS, embora muito boa para a cidade, é também um desafio sem tamanho para aqueles que a administram. Afinal, como fazer com que a população acredite que um município como o nosso, novamente o vice-líder em receitas de ICMS, está em crise? Sim, a resposta é esta mesma que você imaginou. O argumento da crise morreu. Não há mais crise, pelo menos não financeira, pelo menos não em Araucária. Se ainda existe algum tipo de crise, ela é exclusivamente de gestão. E esta se vence com competência administrativa! Pensemos nisso e boa leitura.
