Adivinhem quem pagou o pato?

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O que vimos acontecer nesta semana em Araucária com nosso transporte coletivo, o indispensável Triar, não é algo admissível para um Município como Araucária. Ora, a cidade é um organismo vivo onde as pessoas têm horários para chegar ao trabalho e, por consequência, precisam se deslocar de casa até lá. A vida de um trabalhador comum é milimetricamente calculada: muitos têm que pegar um ônibus e depois outro e, sabendo dos horários, ele sincroniza a hora em que tem que levantar, pegar o coletivo para chegar à empresa, à escola, ao médico ou qualquer outro lugar. Logo, quando o ônibus não passa, a rotina do cidadão comum vira de cabeça pra baixo.

A crueldade feita com os usuários do transporte coletivo ganha contornos ainda mais absurdos quando sabemos que ele foi ocasionado por pura falta de planejamento. Primeiro, da empresa, que fatura mais de R$ 40 milhões por ano afirmou não possuir R$ 400 mil para custear a folha de pagamento de seus funcionários, mesmo sendo contratualmente obrigada a manter as despesas em dia em caso de atraso por parte do Município. Segundo, da Prefeitura, que mesmo tendo conhecimento meses antes das necessidades financeiras da companhia que administra o transporte coletivo, não se planejou para que ela pudesse honrar seus compromissos em dia.

Resumindo, temos dois culpados: a empresa e Prefeitura. Porém, quem pagou o pato, quem viu sua vida virar um verdadeiro inferno, quem perdeu o dia de trabalho, a consulta no médico, gastou o dinheiro que não tinha com o táxi, só para ficar nuns poucos exemplos, foi o pobre do trabalhador. Justamente aquele que gera a grana que abastece os cofres públicos para pagar os gestores públicos e a prestadora de serviços de transporte coletivo. Pensemos nisso e boa leitura.

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