A Antologia Poética ‘De mulher para mulher: sororidade poética’ reuniu várias escritoras do país, incluindo as araucarienses Marlene de Fátima Gonçalves, Marlene Krupa do Rosário e Kelli Fernandes. Organizado pela escritora curitibana Elis Schwanka, o livro foi publicado pela editora Brecci Books, tendo como tema principal a sororidade, que aborda as lutas que as mulheres enfrentam no dia a dia e como devem se unir diante das dificuldades.

O lançamento online ocorreu no mês de março, com a presença de 22 coautoras, que realizaram uma breve apresentação dos seus poemas. “Realizamos o encontro via Google Meet, em um formato acolhedor e intimista, voltado principalmente para as autoras participantes”, descreve Kelli.

Na última semana, aconteceu o lançamento presencial no Centro de Letras do Paraná, em Curitiba. “Os livros foram impressos por demanda. Para adquirir é preciso procurar uma das coautoras que, talvez, ainda tenham algum exemplar. Infelizmente, não tenho nenhum sobrando” informa Marlene Gonçalves.

Segundo Marlene Krupa, a versão física do livro é deslumbrante e com uma qualidade excelente. “Seja na palma da mão ou na estante, cada página é um testemunho da beleza da poesia feminina, capturando a essência com profundidade e encanto”.

KELLI FERNANDES

A professora de educação infantil e contadora de histórias Kelli, conta que quem quiser obter o livro com ela, a obra estará disponível para venda no lançamento do seu próximo livro. Além disso, também poderá fazer um empréstimo do título na Biblioteca Pública de Araucária (BIPA).

“Escrever sobre mulheres, para mulheres, com mulheres, é sempre um desafio sensível e potente. Compartilhar esse espaço com autoras como a professora Marlene Gonçalves e a professora Marlene Krupa foi uma honra. Senti-me acolhida e inspirada a seguir escrevendo”, emociona-se.
Além disso, Kelli está se desafiando a explorar novos tipos de narrativas ao participar de outras coletâneas, escrevendo contos e poesias. “A escrita é, para mim, um caminho de descoberta e conexão, e fazer parte de projetos em grupo é sempre uma forma de aprendizado e expansão”

MARLENE GONÇALVES

Marlene, que também atua como professora, menciona que o processo de escrita foi bastante interessante para ela. Ao mesmo tempo em que trabalhava nos versos e garimpava as palavras, ficava imaginando como as outras coautoras estavam produzindo seus próprios textos.

Ela declara que seus textos são inspirados em suas vivências, de amigos e até mesmo de questionamentos feitos por alunos. Devido a isso, acha difícil participar de antologias com temáticas definidas. “Talvez aconteça novamente, mas não temos como prever. Vai acontecer quando minha Musa se encontrar inspirada. Quando consigo organizar as ideias em um bom texto, gosto mesmo de participar, porque é sempre a oportunidade para o nascimento de um novo poema, de uma nova história”.

MARLENE KRUPA

Também atuando como professora, Marlene conta que participar do processo foi uma experiência gratificante e empolgante. Segundo ela, ver seu trabalho ao lado de outras vozes femininas, que compartilharam histórias, perspectivas e emoções, foi inspirador.

“Essa oportunidade não só fortaleceu meu vínculo com a escrita, mas também me motivou a continuar explorando novas antologias. Em apenas um ano, fui selecionada para mais de 120 antologias, o que me enche de orgulho e me encoraja a seguir adiante, contribuindo com minha voz para mais projetos literários e conectando-me com uma comunidade vibrante de escritores”, finaliza.

Edição n.º 1465. Victória Malinowski.