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Escolas estão sendo vistoriadas para o retorno no dia 2 de agosto. Foto: divulgação
Apenas cinco escolas municipais retomarão aulas no dia 2 de agosto
Escolas estão sendo vistoriadas para o retorno no dia 2 de agosto. Foto: divulgação

Após mais de um ano sem receber alunos, na próxima segunda-feira, 2 de agosto, parte das escolas da rede municipal de ensino retomarão as aulas, no sistema híbrido. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SMED), nesse primeiro momento, voltam às salas de aula apenas alunos das oitavas e nonas séries, com a devida autorização dos pais ou responsáveis.

Hoje, apenas cinco escolas municipais ainda oferecem o 8º e 9º ano. São elas: Escola Ibraim Antonio Mansur, Irmã Elizabeth Werka, Juscelino Kubistchek de Oliveira, Balbina Pereira e Maria Aparecida Saliba Torres. A rede municipal tem 224 estudantes cursando o oitavo ano e outros 338 o nono, ou seja, estão aptos a retornar as aulas presenciais apenas 562 alunos de um universo de quase 20 mil crianças e adolescentes matriculados em instituições municipais. Estamos falando praticamente de um evento teste num ambiente totalmente controlado, sendo que os pais não devem temer que seus filhos voltem aos bancos escolares. Os professores que trabalham com essas turmas somam 153, menos de 10% do total de profissionais que integram o quadro do magistério municipal.

Conforme a SMED, o retorno das demais séries está condicionado à entrega dos kits de higiene infanto-juvenil por parte da segunda empresa que venceu a licitação, já que a primeira teve problemas com o prazo de entrega e a Prefeitura se obrigou a cancelar o contrato. “A nota do empenho para a compra de 10.900 kits de higiene infanto-juvenil foi emitida no dia 26 de julho e a empresa tem prazo para entregar até o dia 13 de agosto, 5 mil kits. Para a entrega do restante, o prazo é dia 30 de agosto”, explicou a secretária Adriana Palmieri.

Ainda de acordo com a SMED, embora o retorno presencial em 100% da rede municipal não vá ocorrer agora, todas as escolas e CMEIs já estão devidamente preparados para receber as crianças. Além de instalar dispensers de álcool em gel ao lado de todas as portas das salas de aula, foram disponibilizados frascos com álcool em gel e líquido para ficar na mesa dos profissionais da educação, em todas as salas. Os espaços também foram organizados e sinalizados, respeitando o devido distanciamento, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde. “Também enviamos cinco máscaras do modelo PFF2 para serem distribuídas para cada estudante do 8° e 9° que aderir ao sistema híbrido de ensino, para o uso de uma por dia durante o período que o estudante estiver no espaço escolar. Cada unidade que possui ensino fundamental II receberá a quantia necessária para 50% dos estudantes matriculados nas turmas supramencionadas”, informou a secretária.

Vistorias

Escolas municipais que tem turmas de oitavos e nonos anos estão passando por vistorias, feitas pelo Comitê Permanente de Retorno às Aulas. Representantes do Conselho Escolar, membros das secretarias de Educação e de Saúde e Conselheiros do Conselho Municipal de Educação, estão visitando as unidades. “O objetivo da vistoria é observar os espaços e os itens referentes aos protocolos de biossegurança para evitar a contaminação dos estudantes”, esclareceu Adriana.

Retorno as aulas presenciais é uma recomendação da ONU

A retomada gradual e segura dos alunos às salas de aula é uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU). Nas últimas semanas, inclusive, o órgão realizou, em Brasília, o seminário Reabertura Segura das Escolas para discutir a questão. Na oportunidade, UNICEF, Unesco e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançaram um manifesto pedindo urgência para a reabertura segura das escolas no país, lembrando que, em qualquer emergência, as escolas deveriam ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir.

Durante o seminário, também, Socorro Gross, representante da Opas e da OMS no Brasil, ressaltou que já não é mais possível esperar para retomada das aulas presenciais de forma segura. “Temos estudos que demonstram que o fechamento das escolas aumenta a depressão, a angústia e o suicídio dos nossos jovens. A violência também tem um impacto muito grande na vida deles. Manter as escolas abertas traz efeitos positivos não só na vida dos jovens, das crianças, mas também da comunidade. Hoje é o momento de abrir, não é amanhã”, pontuou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1272 – 29/07/2021

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