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Araucária não acompanha média nacional e casos de hepatite A são poucos

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Foto: Divulgação

Os casos de hepatite A aumentaram 85% no Paraná em 2024, e somente em Curitiba, três mortes foram confirmadas. Os números acenderam o alerta sobre a necessidade de prevenção e do diagnóstico precoce. Ao contrário do panorama estadual, em Araucária os casos de hepatite A tem se mantido estáveis desde o ano de 2019. Naquele ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica, foi registrado apenas 1 caso, da mesma forma, apenas 1 caso registrado em 2020, nenhum caso nos anos de 2021 e 2022, 1 caso em 2023 e 1 caso em 2024 (até a presente data).

A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade. A transmissão se dá através do contato de fezes com a boca. A doença tem grande relação com alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches), contato sexual (especialmente em homens que fazem sexo com homens -HSH).

Quando presentes, os principais sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente, como fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis meses. É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada ou então resposta vacinal de imunidade.  

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.

Vacinação

Conforme informou a Vigilância Epidemiológica de Araucária, a cobertura vacinal da Hepatite A no público infantil atingiu o índice de 97%. A vacina contra a doença está disponível na rede pública e as crianças devem receber uma dose aos 15 meses de idade.

Além disso, a vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano de idade com as seguintes condições:

  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
  • Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
  • Pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.   
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