Araucariense conta sua experiência a partir do diagnóstico de câncer

Foto: divulgação
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Nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial do Câncer, uma doença que mesmo tendo o foco desviado por conta da pandemia da Covid-19, continua registrando diagnósticos positivos e precisa ser alertada para a população. Segundo a estimativa do Inca (Instituto Nacional de Câncer), só no Brasil, cada ano do triênio 2020-2022, deverá registrar 625 mil novos casos de câncer. Se desconsiderados os casos de câncer de pele não melanoma, serão 450 mil novos registros da doença para cada ano neste intervalo. Apesar de alguns tipos de tumores estarem relacionados a causas hereditárias, em outros casos, a adoção de hábitos saudáveis pode minimizar a chance do desenvolvimento da doença, tais como a prática de atividades físicas, uma alimentação balanceada, parar de fumar, e fazer uso do protetor solar e de preservativos. Além desses cuidados, estar atento aos sinais do corpo e ir ao médico periodicamente são medidas que garantem o diagnóstico precoce dos tumores, permitindo tratamentos menos invasivos e aumentando as chances de cura.

Por isso, neste Dia Mundial do Câncer, o Jornal O Popular traz o depoimento encorajador da vice-presidente da ONG EVA (entidade que atende mulheres com câncer e suas famílias), Janaine Hornung, 35 anos, que conta sua experiência desde que o momento em que recebeu o diagnóstico da doença. “Minha vida mudou quando fui diagnosticada com câncer de mama, aos 32 anos. Ele me deixou com cicatrizes, testou minha força e me fez rir e chorar. Causou medo, dor e ansiedade. Mas eu venci e agora estou mais forte do que nunca. No entanto, minha luta não acabou. Vou continuar derrubando-o como uma vingança por tantos outros que continuam sua batalha, por aqueles que perdemos e por aqueles que você ainda tem que testar”, relata.
Janaine já se declarou oficialmente uma sobrevivente de câncer. “Cinco minutos foi o tempo que demorou para ele (câncer) transformar minha vida. As 3 palavras ‘Você tem câncer’ mudaram meu futuro para sempre. A palavra ‘quimioterapia’ me assustava. O medo real não existia naquele momento, assim como também o propósito da minha vida não existia. A motivação para vencer a mortalidade eu só fui compreender aos 33 anos. Muitas vezes eu vivi sem me dar conta do tempo, até que fui confrontada com ele (câncer) e percebi que é o recurso mais escasso do mundo. Não há tempo a perder!. Todo o medo da mudança, relacionamento, fracasso pessoal e dúvida pessoal tornaram-se irrelevantes diante da morte. Por isso, se você quer fazer alguma coisa, haja hoje, e se alguma coisa te deixar infeliz, mude, proteja sua paz e faça isso agora”, recomenda Janaine.

Dentre as lições que a doença lhe ensinou, ela diz ter aprendido sobre o poder da esperança, o poder da atitude positiva, o poder do amor e o poder da bondade, e deixa uma mensagem para as pessoas que receberam o diagnóstico e ainda estão ‘sem chão’. “Saiba que a vida não é justa e que você fracassará com frequência, mas se você progride nos tempos mais difíceis, e nunca desiste, a vitória é certa. E lembre-se, tudo o que você passou, é uma configuração para sua próxima melhor temporada!”, aconselha.

Texto: Maurenn Bernardo

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