Araucariense está em Berlim e viu o atentado do dia 19

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A araucariense Patrícia Santiago de Oliveira Gomes está estudando em Berlim Ocidental e acompanhou de perto os momentos de terror vividos após o atentado ocorrido na noite de segunda-feira, 19 de dezembro. Um caminhão passou por cima da cerca e investiu contra a multidão de pessoas que se encontravam a feira de Natal, perto da popular avenida Kurfuerstendamm, deixando pelo menos 12 mortos e cerca de 48 feridos, alguns graves, no que a polícia acredita ter sido um ataque terrorista.

Ela conta que estava visitando a feira e, minutos antes do atentado, entrou em um shopping nas proximidades, na companhia de uma amiga. Foi exatamente nesse período que o caminhão invadiu a avenida. “Entrei no shopping para comprar algo e os vendedores estavam demorando em nos atender. Ficamos ansiosas porque queríamos que nos atendessem rápido para que desse tempo de voltarmos para a feira”, relembra Patrícia.

Mal sabiam elas que, por conta dessa demora, escapariam do atentado. “Quando saímos do shopping nos deparamos com aquela cena horrível, pessoas no chão em sacos plásticos, muitos feridos, um verdadeiro horror. Quando penso que eles poderiam estar felizes como eu, comemorando o Natal com minha família, mas não, acabarem sendo vítimas dessa tragédia”, lamenta.

Patrícia contou ainda que ao ver aquelas cenas horríveis, ela e a amiga foram direto para casa. “Estávamos abaladas, jamais pensei que iria ver algo parecido”.

Suspeito identificado

A polícia da Alemanha identificou, nesta quarta-feira, dia 21, o suspeito do atentado terrorista em Berlim. Um imigrante da Tunísia, que já estava na mira da polícia. Trata-se de um extremista agora procurado pela Alemanha, Anis Amri, 24 anos. A recompensa por quem ajudar na captura é de 100 mil euros, quase R$ 350 mil.

A perícia encontrou um documento de identificação de Anis Amri debaixo do assento do motorista do caminhão usado no atentado.

Segundo o pai, que vive na Tunísia, Anis foi para a Europa há sete anos, atravessou o Mar Mediterrâneo e entrou pela Itália. Anis Amri foi foragido para a Alemanha em 2015, depois de ser deixado em liberdade na Itália enquanto aguardava a extradição para a Tunísia. Em abril, teve um pedido de asilo negado pelo governo alemão. Deveria ter sido extraditado, mas a ordem emperrou na burocracia.

Em agosto, já em contato com extremistas islâmicos, foi preso e solto por determinação da Justiça. Agora, o homem que já teve nas mãos de duas polícias européias é caçado em diversas partes da Alemanha.

A origem do suspeito é a mesma do homem que usou também um caminhão para matar 86 pessoas em Nice, na França, em julho passado.

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Divulgação

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