Bailarinos do Wesoly Dom lamentam falta das apresentações

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Bailarinos do Wesoly Dom lamentam falta das apresentações

Em tempos de pandemia, a ordem é se reinventar, porém, nem todos têm essa possibilidade, já que dependem da junção de pessoas para manter suas atividades. É o caso do grupo folclórico polonês Wesoly Dom, que está parado desde março, sem ensaios porque os mesmos são coletivos e sem apresentações, já que todos os palcos estão fechados. O coreógrafo João Pedro de Carli, comenta que por duas ocasiões o grupo tentou ensaios à distância ou através de lives, mas não deu muito certo. “A gente tem se comunicado via redes sociais, e é notória a saudade da dança. Vemos que muitos dançarinos jovens estão sentindo falta dos encontros na nossa sede provisória, sempre falamos que as nossas tradicionais confraternizações de final de ensaio com pão, linguiça, maionese e salada serão a primeira coisa pós pandemia”, lamenta.

Segundo o professor, esse era um ano promissor, pois o Wesoly Dom tinha em torno de 10 viagens programadas, sem contar os espetáculos tradicionais na cidade e região, e todas foram canceladas. “Sabemos que é necessidade do momento e que surgirão outras oportunidades. Além disso, o grupo completou 20 anos em maio e estamos ansiosos para que logo possamos ter acesso à tão esperada vacina e que pelo menos na tradicional festa de Natal a gente consiga se encontrar e celebrar da forma que mais gostamos: todos unidos na casa alegre”, prevê.

Ansiosos pela volta

Os integrantes do Wesoly também estão ansiosos pelo retorno dos ensaios e apresentações. Muitos até arriscam ensaios solitários, em casa, mas a distância dos amigos acaba desmotivando-os. O bailarino Ryan Witold Gapski Vieira está no grupo há sete anos e disse que está sendo muito difícil esse período. “Nos encontrávamos todos os finais de semana e era uma diversão imensa, aquela é a minha segunda família, e dançar é uma das coisas que eu mais amo. De vez em quando eu ensaio, peço vídeos, dicas, músicas, mas não é a mesma coisa. Então, como é ano de vestibular, estou aproveitando para estudar muito, com isso, o ensaio acabou ficando um pouco de lado, infelizmente”, lamentou.

Isabelly Ruvinski Markovicz, 15 anos, é bailarina do Wesoly, disse que ama a dança e a cultura polonesa. Ela está no grupo desde os seus 11 anos e se orgulha de fazer parte desta tradição. A dança para ela faz esquecer os problemas, viajar pelo mundo da imaginação, da sua cultura. São vários ritmos pelos quais se diz apaixonada e entre eles estão o Polka e o Kujawiak Oberek.

“Lamentavelmente este ano estávamos com muitos ensaios programados e muitos projetos, tínhamos tantas metas, tantas apresentações importantes, algumas fora do País, e por fim, desde março, o rumo disso tudo mudou. Não temos ensaios e nem apresentações, foi tudo cancelado. A saudade é grande em não poder dançar, retornar aos encontros do nosso grupo, que chamamos de Família Wesoly, mas temos esperanças que muito em breve estaremos abrilhantando os palcos com nossas apresentações”, disse Isabelly.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: divulgação

Publicado na edição 1226 – 20/08/2020

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