Cães soltos pelos donos atacam população no parque

Além da coleira é necessário ressaltar a importância do uso da focinheira em determinadas raças
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Além da coleira é necessário ressaltar a importância do uso da focinheira em determinadas raças
Além da coleira é necessário ressaltar a importância do uso da focinheira em determinadas raças

Ataques de cães têm sido frequentemente divulgados na mídia e provocado repulsa e medo em parte da população. Como se já não bastassem os cachorros de rua, o problema dos ataques tem se agravado em Araucária com os passeios que os cães fazem ao lado dos seus proprietários. Não haveria mal algum se fosse para fazer um passeio na coleira e se cães de determinados portes e comportamentos estivessem com focinheira, mas não é bem isso que alguns donos estão fazendo no Parque Cachoeira.

Patrícia da Silva, que regularmente caminha nos fins de tarde no parque, convidou, há poucos dias, sua tia, que veio de outra cidade, para acompanhá-la no passeio. “Os donos retiram as coleiras e os cachorros ficam soltos, no meio de todo mundo. Na semana passada, minha tia foi atacada e o proprietário do cachorro não tomou nenhuma atitude; bem pelo contrário, riu e tirou sarro da situação”, denunciou a moça afirmando que se não fosse uma meia calça que sua tia usava, o estrago teria sido bem pior. “Por sorte ela estava com essa meia, mas mesmo assim ficou com a perna roxa e com um furo por causa do dente do cachorro”, contou.

Patrícia também disse que há poucos dias, em uma de suas habituais caminhadas, somou cerca de 50 cães soltos no parque, entre os com e os sem dono, e condenou a falta de vigilância por parte do poder público. “Estou muito revoltada e conheço outras pessoas que estão indignadas com essa situação. Sem contar que também estou perdendo de entrar no parque, o que é um direito meu. A Prefeitura precisa urgentemente tomar uma atitude e coibir esse tipo de prática antes que aconteça o pior”, declarou.

Sobre este assunto a Prefeitura informou que “o Código de Obras e Posturas do Município prevê que em parques, praças ou outros locais públicos com aglomeração de pessoas, os cães devem sempre estar de coleira ou focinheira”. A Prefeitura esclareceu também que a Guarda Ambiental, que está concluindo o processo de formação, deve ajudar, em breve, na fiscalização dentro do Parque.

O que fazer em caso de ataque de cão

O adestrador de cães, Dino Pereira Lima, ressalta a importância de não reagir caso haja o ataque de um cachorro. “A pessoa não deve nunca lutar com o cachorro e reagir em hipótese alguma, pois com certeza perderá”, afirma. Dino também recomenda deitar no chão de maneira enrodilhada, como se fosse uma bola, protegendo a orelha e a cabeça com as mãos.

“Mesmo que o cachorro morda, é importante tentar não se mexer, pois por questão de instinto do animal, enquanto a presa se mexe significa que ela está viva. Então o ideal é fingir-se de morto”, explica o adestrador.

Dino também lembra as pessoas que quiserem ajudar na situação do ataque para nunca baterem no cão, pois isso o incitará e o deixará ainda mais nervoso. “O melhor a se fazer nestes casos é tentar puxar o animal pelas patas traseiras ou então fazer uma laçada com um cinto, por exemplo, no pescoço do cão, porque quando ele asfixia acaba abrindo a boca e solta a presa”, conclui.

O que diz a lei

De acordo com a Lei Municipal nº 1913/2008, “é proibida a permanência, manutenção e livre trânsito dos animais domésticos, de cativeiro e/ou de estimação nos logradouros públicos e locais de livre acesso ao público, inclusive em casos de adestramento e/ou treinamento”. Ainda, conforme o que estabelece a lei é permitido o trânsito de animais em locais públicos somente de cães vacinados, com coleira e registro atualizado, conduzidos com guia ou peitoral pelo proprietário ou responsável, e, no caso de cães perigosos, com focinheira tecnicamente recomendada.

Texto: Rafaela Carvalho / Foto: Divulgação

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