Candidatos questionam provas do concurso da GMA

Foto: Marco Charneski
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Candidatos questionam provas do concurso da GMA
Foto: Marco Charneski

Questões do concurso público para a Guarda Municipal de Araucária, realizado no domingo, 15 de dezembro, chamaram a atenção de alguns candidatos por, segundo eles, tratarem de temas “desnecessários” para a profissão. Algumas das perguntas que causaram polêmica estavam relacionadas com a maneira correta de lavar as mãos, se o álcool em gel 30% era melhor para higienizar as mãos do que o sabão, se o fato de deixar o saco de lixo em local não correto poderia ocasionar incêndio.

Para o candidato C.T.F., são perguntas fora do contexto da função de um guarda municipal. “A prova teve poucas questões sobre a Lei Maria da Penha, crimes contra o patrimônio público, crimes contra a vida, uso indevido de drogas e tráfico, que são pertinentes ao trabalho da GM. Um absurdo, teve ainda uma pergunta sobre o cargo de controlador de acesso, que não é função da Guarda, mas de um porteiro”, criticou.

S.T.M., que também prestou o exame, diz ter ficado chocado quando viu algumas questões da prova, já que se preparou para assuntos mais específicos ao cargo que estava concorrendo. “Acredito eu muita gente se sentiu prejudicada com a forma de aplicação da prova”, disse. Da mesma opinião compartilha o candidato J.C.G.S. ao comentar que 80% da prova não teve coerência com a função da GM. “É triste você estudar, se dedicar para uma prova, sendo que o que era para ser cobrado não foi, pois foi a pior prova que já fiz. Qualquer leigo tem consciência disso. E agora, o que será feito? Acho que ao menos deveria haver manifestação de algum órgão. Parecia mais uma entrevista de emprego para vigilante ou até para bombeiro civil, menos um concurso para a GMA. Fui bem na prova, mesmo assim queria manifestar minha indignação”, criticou.

A candidata L.B.S. não se mostrou tão revoltada quanto os demais, porém, concorda que as questões da prova foram muito mal elaboradas. “Muitos candidatos se sentiram prejudicados”, pontuou.

A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a Fundação Unespar, responsável pela organização e aplicação das provas, e esta informou que os candidatos que se sentiram prejudicados com as questões da prova tiveram a chance de entrar com recursos contra o caderno de provas e o gabarito preliminar da prova objetiva. O prazo, conforme o edital de nº 268/2019, iniciou às 0h de terça-feira, 17 de dezembro, e encerrou às 23h59 de quarta-feira, dia 18.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1194 – 19/12/2019

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