A carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Araucária ganhou destaque nacional no último domingo, 28 de abril, em matéria veiculada no canal por assinatura Globo News.
Na oportunidade, o jornalístico Globo News Especial, com transmissão para todo o Brasil, fez uma análise do caos no sistema prisional brasileiro. Em meio a isso, porém, mencionou que o Paraná é um dos estados em que há bons exemplos de gestão carcerária, onde os presos podem trabalhar e estudar, o que diminui a quase zero a taxa de reincidência no mundo do crime.
Araucária entrou na matéria, no entanto, como prova de que, embora exista bons exemplos em nosso Estado, ainda há muito que se fazer para resolver o problema da superlotação em algumas delegacias. Por aqui, as celas, que originalmente teriam capacidade para 36 presos, abrigavam, quando a matéria foi feita, 107.
Sobre o fato, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná esclareceu que a superlotação em carceragens de delegacias é um problema crônico do Estado, existente há décadas, e afirmou que a atual gestão tem realizado ações para tentar reduzir esse número e prestar o atendimento necessário a todos os custodiados.
“Uma das ações foi a transferência da administração de 37 carceragens de delegacias da Polícia Civil para o Departamento Penitenciário do Paraná. Com isso, cerca de 6 mil detentos passaram a ter as mesmas condições de custódia fornecidas em todo o sistema prisional”, informou a Secretaria, comentando de forma geral, mas sem fazer menção à situação específica deste município.
Ainda, a Secretaria comentou que outra medida que irá ajudar a solucionar o problema é a construção de novas unidades prisionais em todo o Estado. “Ao todo são 13 obras, algumas já em execução, que permitirão a abertura de 6 mil novas vagas. Além disso, o Estado busca junto ao Poder Judiciário, a realização de mutirões carcerários que visem a análise dos processos de presos que, eventualmente, já possuam direito a progressão de pena ou outro benefício, diminuindo o número de detentos nesses espaços destinados a custódia provisória”, finalizou.
Publicado na edição 1161 – 02/05/2019