Existem algumas conquistas da sociedade brasileira que – com o passar do tempo – deixam de ser vinculadas a esse ou aquele governo e passam a pertencer a coletividade.

Historicamente foi o que vimos com os direitos trabalhistas, com a previdência social, com o vale-transporte, com o SUS, com a universalização da educação básica, com o PIX e assim por diante.

Todas conquistas iniciadas por um ou outro governo, mas que se tornaram de domínio público, digamos assim. E quando isto acontece estamos diante de uma política que, não interessa quem seja o governante, não é mais possível alterá-la.

No entanto, como se sabe, ainda estamos num processo de amadurecimento de nossa cidadania plena e isso faz com que volta e meia ainda vinculemos as políticas custeadas com recursos públicos a este ou aquele gestor.

Por isso é importante que sempre que possível sejam utilizados os instrumentos previstos em nossa legislação para deixar claro que determinadas políticas não são mais de governo e sim de estado. A decisão do prefeito Gustavo Botogoski (PL) de editar um decreto fixando a tarifa do TRIAR em R$ 1,00 até 31 de dezembro de 2.028 vai ao encontro disso e é digna de elogios porque acaba com desinformações que não invariavelmente são veiculadas por desatentos e/ou mal intencionados.

A publicação do decreto mostra que a passagem barata, subsidiada com recursos da coletividade araucariense, não era esmola dada por esse ou aquele gestor e sim uma política pública de universalização do transporte coletivo custeada pelos cofres públicos e ponto final!

Edição n.º 1459.