Casos de “gripe canina” aumentam e preocupam donos de pets

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Casos de “gripe canina” aumentam e preocupam donos de pets

Você já ouviu falar da gripe canina? Geralmente nas estações mais frias do ano, como outono e inverno, as baixas temperaturas e o clima seco contribuem para uma série de doenças respiratórias no seu cachorro. Uma das mais comuns é a traqueobronquite infecciosa canina, vulgarmente conhecida como “tosse dos canis” ou “gripe canina”, uma enfermidade que atinge o sistema respiratório canino e pode desencadear outros problemas de saúde. Segundo explica o veterinário da Secretaria Municipal do meio Ambiente, Gustavo Warich, nos climas frios e secos, a incidência costuma ser maior, pois ambos afetam a produção e secreção de muco, tornando as mucosas respiratórias dos animais mais susceptíveis a doenças, e também pelo fato dos cães se aglomerarem mais nesses períodos.

“A doença não tem um único agente causador e um mesmo animal pode apresentar vários, sendo os mais comuns a bactéria Bordetella bronchiseptica e o vírus da Parainfluenza canina. A gripe canina pode ter de média a alta morbidade, com baixa mortalidade, ou seja, a transmissão se dá de maneira fácil, porém os óbitos são raros, podendo afetar cães de todas as idades. “A forma mais comum de infecção se dá pelo contato direto entre os animais através de secreções respiratórias”, explica Gustavo.

Sinais clínicos

Fique atento porque a gripe canina afeta tanto o trato respiratório superior quanto o inferior, ocasionando os sinais clínicos relacionados a este sistema, tais como tosse, coriza, febre e em casos mais severos, a pneumonia. Costumam aparecer entre 3 a 10 dias após a infecção e o animal pode transmitir a doença por até meses ou mais, dependendo dos agentes etiológicos envolvidos.

O veterinário orienta que o diagnóstico é baseado no histórico do animal, nos sinais clínicos, exames de sangue e culturas bacterianas das secreções respiratórias. “O tratamento depende dos agentes causadores e estado geral do animal, podendo, a critério do médico veterinário, serem receitados antibióticos, antitussígenos, broncodilatadores, antipiréticos, anti-inflamatórios, dentre outros”, elucida.

Com relação à prevenção, o profissional esclarece que ela se dá através da imunidade passada da mãe para o filhote, da vacinação e evitar a aglomeração de animais sadios com aqueles suspeitos da doença. “Existem raros relatos de um dos agentes causadores, a Bordetella bronchiseptica, causar a doença também em seres humanos imunodeprimidos. Por isso, é sempre aconselhável que seu pet consulte regularmente com o médico veterinário de sua confiança”.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: divulgação

Publicado na edição 1225 – 13/08/2020

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