A hipertensão arterial (HAS), popularmente chamada de pressão alta, atinge 35% da população brasileira, mas metade desses pacientes não sabem que têm a doença. Por não apresentar sintomas, ou trazer sinais inespecíficos, em muitos casos, as pessoas levam anos até descobrir o problema, e muitas vezes só descobrem quando algo mais grave acontece.
O cardiologista Luan Gabriel Paese, da Clínica São Vicente, diz que os dados do Ministério da Saúde mostram que o número de adultos (de modo geral, sem divisão por faixa etária) com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. O relatório mostra ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens.
“A hipertensão é uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos, epigenéticas, ambientais e sociais. A doença pode acometer os mais diversos órgãos e a intensidade com que isso acontece está relacionada ao controle adequado da patologia. No coração, identificamos inúmeros problemas, dentre os principais temos a insuficiência cardíaca (coração fraco) e infarto agudo do miocárdio. O acometimento renal também acontece, na grande maioria das vezes de forma silenciosa e progressiva, levando a disfunções renais e em últimos casos, contribuindo fortemente com a evolução para hemodiálise. Por todos esses fatores, sem dúvida, a HAS é o fator de risco modificável com associação independente com doenças cardiovasculares e doença renal crônica”, explica o cardiologista.
Entre os fatores de risco para a hipertensão estão a genética, idade (com o envelhecimento a HAS torna-se um problema mais significante, onde os vasos sanguíneos ficam mais enrijecidos), sexo (em faixas etárias mais jovens a HAS é mais comum em homens, mas a elevação pressórica por décadas se apresenta maior em mulheres), sobrepeso/obesidade (parece haver uma correlação linear e direta entre este fator de risco e os níveis da pressão arterial), ingestão de sódio (sal de cozinha), sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, apneia do sono, entre outros.
“A sintomatologia associada a quadros hipertensivos costuma ocorrer quando os níveis pressóricos se encontram muito elevados, podendo se manifestar como dores no peito, sangramento nasal, tonturas, visão embaçada, dores de cabeça, por exemplo”, ilustra.
O cardiologista ressalta a importância da prevenção das doenças cardiovasculares, com as medidas indicadas pelas equipes médicas em todos os âmbitos. E entre as principais medidas preventivas, o médico destaca a necessidade da utilização correta das medicações, com as doses indicadas (o paciente não deve ajustar por conta as medicações e em caso de dúvidas, o médico de confiança sempre deve ser procurado. “Importante também seguir as orientações sobre alimentação, atividades físicas, sono adequado e outras mudanças de estilo de vida saudável (controle de peso, restrição de sódio, dieta saudável, atividades físicas, cessação do tabagismo, fatores psicossociais, etc), isso têm impacto direto nos níveis da pressão arterial, com o objetivo de atingir as metas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)”, destaca.
Ainda sobre medidas preventivas, Dr Luan orienta que as pessoas saudáveis, com pressão arterial ótima no consultório, façam a aferição da PA pelo menos anualmente e nas consultas médicas. “Nos pacientes que são portadores de HAS, as aferições devem ser mais frequentes, sempre buscando a otimização/metas e controle rigoroso. Com relação ao check-up no cardiologista, idealmente a avaliação médica deve ocorrer conforme as necessidades e doenças dos pacientes. Isso pode variar de consultas semanais, quinzenais, mensais e assim sucessivamente. O ponto mais importante é realizar avaliações de rotina, mesmo quando jovem, para auxiliar na prevenção de doenças futuras. Sempre que houver necessidade ou dúvida, o(a) médico (a) deve ser procurado”, sugere.
Serviço
Para agendar uma consulta com o cardiologista Luan Gabriel Paese ou demais especialistas, a Clínica São Vicente está localizada na Rua São Vicente de Paulo, nº 250, no Centro de Araucária. O horário de atendimento é de segunda a sexta das 7h às 22h, aos sábados das 8h às 19h e nos domingos e feriados das 13h às 19h. Os contatos são pelo telefone: (41) 3552-4000 ou WhatsApp: (41) 98780-1440.
Edição n. 1364