CCZ orienta sobre os perigos com morcegos

Morcegos só representam perigo quando estão no chão, aparentemente desorientados
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Morcegos só representam  perigo quando estão no chão,  aparentemente desorientados
Morcegos só representam
perigo quando estão no chão,
aparentemente desorientados

O caso da empresária Francini Wagner Marcon, que na semana passada foi mordida por um morcego, trouxe à tona uma situação que pode representar um perigo para a população. Embora os morcegos sejam animais importantes para o equilíbrio do meio ambiente, sua proximidade nos centros urbanos pode causar sérios problemas de saúde pública, entre eles a transmissão da raiva.

Nos últimos 12 meses, Arau­cária registrou três casos positivos para raiva em morcegos. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, emitiu um alerta aos moradores para que não os toquem caso encontrem o animal. Um morcego caído no chão, desorientado, voando de dia, pode ter raiva, uma doença que poderá levar à morte.

Segundo conta a empresária, na terça-feira, 11 de outubro, apareceu um morcego caído no portão da sua empresa e ela achou que o animal estava morto. A primeira ideia que lhe veio à cabeça foi usar uma luva de borracha para tentar recolher o morcego e evitar que alguma criança mexesse. “Eu sabia do perigo que estes animais representam, mas tinha certeza que estava morto. Fui mordida no dedo indicador e não dei muita atenção. No dia seguinte contei a história pra minha mãe e ela me disse pra procurar imediatamente uma unidade de saúde. Foi o que fiz, e num único dia tomei 9 injeções, e ainda estou tomando doses diária da vacina antirrábica. Depois desta triste experiência, só posso dizer que ninguém faça o que eu fiz, na dúvida, chame o pessoal do CCZ”, relatou.

“A pessoa que for mordida deve lavar o ferimento com água e sabão em abundância e procurar imediatamente uma unidade de saúde para uma avaliação e para tomar o soro e a vacina”, explicou o coordenador do CCZ, Jessé Henrique Truppel.

Segundo ele, o vírus que causa a raiva está presente na saliva dos animais doentes. O risco de infecção ocorre após a mordedura, ou até mesmo arranhadura, de animais doentes.

Sem tocar no morcego, o morador pode tentar aprisionar o animal com um balde ou bacia virada para baixo com um peso acima para que ele não consiga fugir. O passo seguinte é ligar imediatamente para qualquer um desses telefones: (41) 3901-5286, 3901-5281, 3901-5134 ou 0800-643-3005.

Casos estão dentro da normalidade

Nos últimos 12 meses, Araucária registrou três casos positivos para raiva em morcegos. Segundo o CCZ, este número está dentro da normalidade, considerando que a população de morcegos na cidade é bastante numerosa. “Os morcegos não são animais perigosos, eles são importantes para o ecossistema. Pra se ter uma ideia, em uma única noite um morcego pode ingerir até mil insetos. Isso sem contar que eles contribuem no combate a dengue, quando ingerem o transmissor Aedes aegypti. Por isso, não se justifica sair à caça para matar o animal como se todos os indivíduos fossem uma ameaça. O alerta é sobre os animais que apresentam comportamento que levante suspeita”, elucida.

Ainda de acordo com Jessé, o vírus da raiva não tem uma sazonalidade, embora no verão exista uma maior atividade dos morcegos, principalmente daqueles que se alimentam de frutas ou insetos. O problema é que devido a esta movimentação, são registradas brigas em colônias e isso provoca a transmissão do vírus entre eles.

“Comumente o morcego não tem um comportamento de agressividade, mas é muito importante ressaltar que quando eles estão no chão, seja na rua ou dentro de alguma residência, ambientes incomuns para estes animais, o risco de ele estar com o vírus da raiva ou de outra doença, é muito grande. Se eles caírem em solo urbano, também existe o risco de algum cão ou gato entrar em contato e ser contaminado”, exemplifica.

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Divulgação

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