Chamados para a vida

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O grande chamado que o ser humano recebe desde o dia em que vem a este mundo, é à vida, ou seja, viver plenamente esta sua vocação, doando-se em prol de uma causa, de um projeto. Já dizia um grande pensador que todos nós temos uma missão a cumprir, e, se nós não vivermos aquilo que nos compete, ficará para sempre um vazio que jamais será preenchido. Podemos afirmar, a partir desta constatação, que cada ser humano é único e insubstituível. O que compete a ele, jamais poderá ser preenchido por outra pessoa. Na adolescência, sobretudo, surgem as grandes questões da vida: ‘quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?’. Claro, são perguntas que perpassarão toda a vida de um ser humano. As respostas deverão ser dadas no cotidiano da sua existência.

Responder às perguntas que a vida faz a cada um, é, na verdade, compreender que a grande razão da nossa passagem por este mundo, é deixar marcas de amor em tudo o que fizermos. Isto caracteriza as nossas ações do dia a dia, e nos santifica como cristãos. No fundo, não importa a sua profissão, mas o modo como você realiza aquilo que você faz. A atitude que está por detrás de cada gesto, de cada ação, de cada empreendimento, é o fundamento de toda vocação. No fundo, cada profissão pode dignificar o ser humano, na medida em que ajuda o mundo a ser melhor, mais de acordo com o projeto de Deus. Não existe vocação melhor ou pior, mais digna ou menos digna, pois aquilo que a qualifica, é o modo como ela é exercida e vivida no cotidiano da sua existência.

Agosto, para nós cristãos, mais especificamente para os católicos, aqui no Brasil, é o mês vocacional, ou seja, o mês de reavivarmos os diversos chamados para a vida. No primeiro domingo, lembramos e rezamos por todos os padres. Vocação nobre e desde o início do cristianismo, essencial na condução da construção do Reino de Deus. Chamado por Deus para anunciar a boa nova do evangelho, o sacerdote tem como grande missão, ser o animador da comunidade cristã. Ele tem como modelo, São João Maria Vianey, sacerdote que durante mais de 40 anos esteve à frente de uma paróquia chamada Ars, na França. A sua dedicação em prol da salvação das pessoas, sobretudo, através do sacramento da confissão, rendeu para ele o exemplo para todo sacerdote. Levantava sempre às 5hs da manhã e ia dormir a meia noite, passando o dia todo num confessionário, atendendo e orientando padres, religiosos, leigos e leigas. Um coração todo dedicado para a salvação das almas.

Todos nós somos convidados a rezarmos pelas vocações sacerdotais, pois, sem o padre, a Igreja não acontece. É ele, que recebe o poder de Jesus Cristo, através da unção de suas mãos, a transformar, pela ação do Espirito Santo, o pão no corpo de Cristo e o vinho no sangue de Cristo. São João Crisóstomo dizia que nem os anjos tem este poder, pois somente o sacerdote pode trazer Jesus Cristo vivo e presente na eucaristia. Missão sublime, mas exigente, pois requer de cada sacerdote uma doação total, plena, podendo, tantas vezes, causar estresse, cansaço desmedido.

Chamados para a vida, rezemos neste primeiro final de semana do mês de agosto, pelos sacerdotes de nossas comunidades. Demonstremos o nosso apreço, o nosso carinho, através de gestos de ternura e de orações. Os padres são humanos e precisam do apoio de seus fiéis, para continuarem firmes e animados na sua missão. Certamente, um abraço e um reconhecimento, poderão animá-los a prosseguirem evangelizando, com alegria e entusiasmo.

Publicado na edição 1124 – 02/08/18

Chamados para a vida

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