Ciclistas detonaram na 9ª edição da Brasil Ride

Mais um desafio cumprido pra conta da dupla Daiane e Fabiane. Foto: divulgação
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Ciclistas detonaram na 9ª edição da Brasil Ride
Mais um desafio cumprido pra conta da dupla Daiane e Fabiane. Foto: divulgação

 

A dupla formada pela araucariense Daiane Cristina Virmond e Fabiane Schembeger Amaral, de Telêmaco Borba, arrasou na 9ª edição da Brasil Ride, principal ultramaratona de mountain bike das Américas, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de outubro, no Sul da Bahia.  Dupla teve que vencer os próprios limites para encarar os desafios da prova, com seus 600 km de trilhas e 13 mil metros de subidas acumuladas. A Brasil Ride reuniu mais de 500 ciclistas de vários estados brasileiros e países como Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Noruega, entre outros.

Além da distância e dos obstáculos de altitude e trechos espinhosos, os participantes tiveram outra surpresa, ao invés do sol costumeiro na região Nordeste, enfrentaram 150 km percorridos debaixo de chuva, com muita lama. Foi preciso empurrar a bicicleta, já pesada de tanto barro, e isso também aumentou a probabilidade de danificá-la. “Foi uma experiência indescritível, pois quando você analisa a quilometragem e a altimetria, teoricamente pensa que não será tão complicado, mas estando lá, a realidade é outra. Nada do que treinamos aqui se compara aos trajetos de lá. Achávamos que nossos maiores obstáculos seriam a alta temperatura e o cansaço acumulado dos dias pedalados, no entanto, a chuva, em plena região Nordeste, nos surpreendeu. A chuva veio forte e com ela o barro se formou em dois dias de prova. Também havia muitos lugares altos, mas pedaláveis, exigindo um esforço tremendo dos ciclistas, e outros eram impossíveis de pedalar. Além disso, não poderíamos nos desgastar logo de cara porque tínhamos que poupar as pernas para os próximos dias. Foi uma luta contra o tempo”, relatou Daiane.

A atleta comentou que a estrutura da prova garantiu a segurança dos ciclistas, com apoio médico, mecânico, motos batedoras e ônibus fazendo a escolta e varredura no final. Aqueles que não tiveram condições de prosseguir na prova utilizaram o ônibus “vassoura”. Veículos e ambulâncias circulavam por todo o percurso. “Fomos sozinhas e logo de cara surgiram dificuldades. Chegando ao local, tínhamos que montar as bicicletas. Procuramos um mecânico, mas o custo era muito alto pra dar suporte todos os dias. O mais gratificante nessas provas é que sempre encontramos pessoas prestativas no meio esportivo. Conhecemos um grupo de ciclistas brasileiros que moram na Flórida e eles nos ajudaram em alguns momentos complicados da prova”, disse.

Daiane e Fabiane já avisaram que em 2019 pretendem enfrentar a Brasil Ride novamente, mas desta vez elas querem melhorar o tempo e ir pra competir, não apenas para superar limites. “Agora a gente já sabe o que terá que enfrentar, vamos focar mais nisso, e quem sabe no ano que vem tenhamos chances de entrar pra competir”, disse Daiane.

Publicado na edição 1138 – 08/11/18

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