Claudinho e Elias lideram lista dos mais faltosos na Câmara

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Claudinho e Elias lideram lista dos mais faltosos na Câmara

Ao longo do ano de 2019 a Câmara Municipal de Araucária realizou 43 sessões plenárias. Destas, 36 foram ordinárias e 7 extraordinárias. Numa conta de boteco, tendo em vista que o ano tem 52 semanas, é como se tivesse havido menos de uma sessão por semana ao longo de todo o ano passado.

Muito embora o número de reuniões plenárias não tenha sido exagerado, alguns vereadores conseguiram faltar a praticamente 28% das sessões. Isso é o que mostra levantamento feito pelo Observatório Social de Araucária, tornado público nas últimas semanas. Veja a tabela completa abaixo.

As sessões são praticamente o único encontro em que é obrigatório a presença do vereador, sendo que sua ausência pode resultar em desconto em seu subsídio mensal. Embora a previsão exista, não há informação de que algum edil tenha tido o desconto de um centavo que fosse em seu soldo pelas faltas.

O ranking dos mais faltosos em 2019 é liderado por Claudio Sarnik e Elias Almeida, ambos do Cidadania. Cada um deles teve 12 faltas. Para efeitos de comparação, se eles fossem estudantes da rede municipal de ensino, reprovariam direto por falta, mesmo que tivessem ótimas notas.
Dos onze vereadores, apenas três deles não registraram ausências em 2019: Amanda Nassar (PMN), Fábio Alceu (PSB) e Fábio Pedroso (PRP). Os últimos dois, porém, saíram mais cedo em algumas sessões.

Os vereadores Aparecido Ramos (PDT) e Tatiana Nogueira (PSDB) também registraram um número grande de faltas em 2019. Eles, porém, tem boas e verificáveis justificativas para as ausências. O pedetista, que faltou cinco vezes, teve que submeter a uma cirurgia de emergência e ficou algum tempo em recuperação. Já Tatiana foi mãe ao longo do ano passado e por conta disso não compareceu a algumas reuniões.

Quando podem faltar?

O regimento interno da Câmara prevê que os vereadores podem faltar as sessões mediante motivo justo, sendo eles doença, gala, luto, desempenho de missões oficiais da Câmara e outros motivos justificados. Porém, não há muito controle dessas justificativas e nem a forma como deve ser feita, se por ofício, com apresentação de atestado e/ou sinal de fumaça que seja.

Essas justificativas também não estão à disposição da população no portal da transparência da Câmara e não são, digamos assim, auditadas, como acontece numa empresa normal.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1199 – 13/02/2020

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