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Coluna SMAS: O impacto do CRAM no enfrentamento à violência contra a mulher
Foto: Divulgação / Google Maps.

A violência contra a mulher ainda representa uma realidade alarmante que exige combate diário. Não se trata apenas da agressão física, que deixa marcas visíveis, mas também da violência psicológica, patrimonial, moral e sexual – todas igualmente prejudiciais e devastadoras. Muitas vezes, essa violência ocorre dentro da própria família, transcendendo os relacionamentos amorosos, como normalmente acreditam ser.

No município de Araucária, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) desempenha um papel essencial nesse enfrentamento. Trata-se de um espaço acolhedor, onde mulheres que enfrentam qualquer forma de violência doméstica encontram suporte e escuta qualificada. Diferente de um canal de denúncia, o CRAM oferece atendimento humanizado, pautado no acolhimento e no suporte psicossocial, garantindo respeito, sigilo e ausência de julgamentos.

A cada atendimento realizado, identificam-se histórias marcadas por dor, incerteza e, frequentemente, desesperança. O medo e a falta de apoio mantêm muitas mulheres presas a ciclos de violência, tornando essencial um acompanhamento cuidadoso e contínuo. Por meio da orientação e do suporte oferecido, é possível apresentar um novo caminho: um novo percurso, dessa vez, com segurança e liberdade.

O impacto do trabalho desenvolvido pelo CRAM é imensurável. Inúmeras mulheres, após receberem atendimento, conseguem reconstruir suas vidas, sentindo-se mais seguras e confiantes para seguir em frente. Parcerias com o CRAM proporcionam essa retomada, como é o caso das empresas Risotolândia e Rede Condor, que recebem algumas dessas mulheres para referidas entrevistas de emprego.

Além do suporte direto às mulheres, o CRAM também promove campanhas de conscientização e palestras educativas voltadas à comunidade. Essas ações buscam desmistificar tabus, informar a população sobre os direitos das mulheres e incentivar denúncias de violência. O trabalho preventivo é fundamental para a transformação social e a construção de uma cultura de respeito e igualdade.

É importante destacar que o atendimento oferecido pelo CRAM é sigiloso, respeitando a individualidade de cada mulher. Nenhuma decisão é imposta, e todas as informações compartilhadas são tratadas com discrição e responsabilidade. Dessa forma, as mulheres em situação de violência podem sentir-se seguras, sabendo que não estão sozinhas. No entanto, vale ressaltar que o CRAM não atende situações de agressão em flagrante. Nesses casos, é fundamental acionar a Guarda Municipal pelo número 153.

Caso você ou alguma mulher que você conheça precise de ajuda, o CRAM está à disposição para oferecer o suporte necessário. Entre em contato pelo telefone (41) 3614-1507 ou envie uma mensagem pelo WhatsApp: (41) 9927-3897, e receba o apoio que merece.

Edição n.º 1454.

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