Ao iniciar o ano letivo, todo(a) professor(a) recebe uma sala de aula diversa e, dentro desse universo que abarca sua turma, está a(s) criança(s)/estudante(s) público-alvo da educação especial (PAEE).
Para planejar e assim efetivar a inclusão escolar, o contato e o estreitamento do vínculo com a criança/estudante PAEE e sua família são fundamentais. Tal prática possibilita um reconhecimento mais fidedigno daquele(a) com quem caminhará durante o ano e direciona sobre as metodologias, materiais e suportes necessários.
Outra maneira de ampliar as informações é conversar com o profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE). É importante manter essas conversas e mediações ao longo do ano, a fim de efetivar as práticas colaborativas em sala de aula, atendendo assim às necessidades individuais, pois cada estudante/criança é único, independentemente de possuir um laudo ou não, sendo a diferença própria da condição humana.
Respeitando as singularidades e as especificidades, privilegia-se o princípio da equidade. Anteferir práticas equitativas contribui no acesso e na apropriação do conhecimento, na superação das lacunas de aprendizagem de maneira acolhedora. Oportuniza o interesse, o entusiasmo e a superar os desafios.
Outro benefício da prática colaborativa é a cooperação entre as crianças/estudantes na superação das adversidades e na elaboração de conhecimentos em conjunto. Para isso, deve-se privilegiar um planejamento com foco no protagonismo estudantil e aulas com metodologias que estimulem a participação diferenciada sobre um mesmo contexto (dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento), para que as crianças/estudantes se complementem e construam um conhecimento coletivo.
Para isso, faz-se necessário estabelecer a rotina da sala de aula, envolver as crianças/estudantes nas atividades de forma colaborativa, incentivar a empatia, utilizar-se de estratégias e materiais diferenciados, lembrar que nem todos(as) sabem esperar pela próxima atividade, portanto é importante planejá-las com antecedência, para que a transição entre elas seja tranquila, garantir a previsibilidade, valorizar a aprendizagem e o desenvolvimento.
Acolher as crianças ou estudantes neste momento é de extrema importância. Contudo, essa prática de acolhimento deve ocorrer diariamente, durante todo o ano, a fim de proporcionar um ambiente emocionalmente seguro e estável.
Edição n.º 1404