Com CMTC e Tindiquera em pé de guerra, greve entra no quarto dia

Com ônibus parados, Prefeitura autorizou o cadastramento de carros e vans para fazer transporte de passageiros
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Com ônibus parados, Prefeitura autorizou o cadastramento de carros e vans para fazer transporte de passageiros
Com ônibus parados, Prefeitura autorizou o cadastramento de carros e vans para fazer transporte de passageiros

A greve deflagrada pelos motoristas e cobradores da Viação Tindiquera entra hoje, quinta-feira, 27 de outubro, em seu quarto dia e segue sem data prevista para o seu término.

Enquanto os funcionários da empresa seguem sem receber o seu adiantamento salarial, motivo da deflagração da greve, e os usuários do transporte coletivo ficam sem os ônibus alimentadores do sistema TRIAR (Transporte Integrado de Araucária), a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) e a Viação Tindiquera trocam acusações, o que aparentemente só torna mais distante a solução para o impasse.

A CMTC afirma que uma auditoria interna encontrou uma série de irregularidades que vinham sendo praticadas pela Tindiquera ao longo dos últimos anos. Acusa ainda a concessionária de ter recebido do Município valores indevidos da ordem de R$ 20 milhões.

Por sua vez, a Tindiquera rechaça a acusação e afirma que é a CMTC que lhe deve algo em torno de R$ 5,9 milhões e que, por conta dessa dívida, não teve condições de quitar os adiantamentos salariais de motoristas, cobradores e outros funcionários da empresa.

Discórdia

Atualmente, o ponto principal da discórdia entre CMTC e Tindiquera é o valor que precisa ser pago pela primeira à segunda. A CMTC insiste que o custo de­vido é de R$ 5,23 por quilômetro rodado. A Tindiquera, no entanto, afirma que esse foi o custo com que venceu a licitação lá em 2010, mas que o contrato firmado previa o reajuste anual deste valor. Com isso, o quilômetro rodado hoje seria de R$ 8,38. A empresa, aliás, apresenta uma decisão do Tribunal de Justiça mandando a CMTC considerar o valor de R$ 8,38 para o cálculo do quilômetro rodado.

Manifestação

Na tentativa de receber o quanto os valores que lhes são devidos e voltar ao trabalho, os funcionários da Viação Tindiquera marcaram para hoje uma manifestação. Eles sairão da garagem da empresa em passeata até a sede da CMTC e de lá caminharão até à Prefeitura.

Mais de 30 carros como locação

Na tentativa de tentar amenizar o prejuízo dos usuários do transporte coletivo, a CMTC autorizou esta semana que carros e vans particulares se cadastrem como transporte alternativo enquanto a greve durar. Até a manhã de ontem, mais de trinta veículos, a maioria do tipo Van, haviam se habilitado para o serviço.

Quem estiver autorizado a realizar esse tipo de transporte pode cobrar no máximo R$5,00 por pessoa na área urbana e R$15,00 na área rural.

Texto: CARLOS DO VALLE / Foto: EVERSON SANTOS

Compartilhar
PUBLICIDADE