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Editorial: Transtornos passageiros, benefícios permanentes

Falar de meio ambiente muitas vezes parece ser chover no molhado, de tanto que esse assunto tem sido abordado e discutido nos últimos anos. Porém, ao vermos tudo que ainda temos que fazer, pode-se dizer que ainda há muito o que se esclarecer sobre o papel do cidadão comum. Nós, o povo, que não tem muita alternativa de escolha no consumo e no modo de vida.

  De nada adianta mostrar cenas de rios cheios de embalagens plásticas quando não temos a chance de optar por embalagens renováveis. Muitos dos produtos que precisamaos só aparecem na versão envolta em  embalagens plásticas, muitas vezes umas dentro das outras. E precisamos consumir. Ninguém vive sem leite, pão, café, batata, etc. Se antes tínhamos a opção de ir buscar na venda da esquina essas coisas enroladas em papel ou em garrafas de vidro, hoje só encontramos essas coisas em plástico. “Mas quem joga as embalagens plásticas nos rios sãos as pessoas” alguém vai dizer. Mas para que ela jogasse era necessário que restasse nas casas da pessoa como lixo, muitas vezes em locais onde não há coleta.

  Fora do alcance do cidadão comum também estão decisões sobre o que e como produzir. Gostaríamos muito de estar consumindo produtos orgânicos, que trazem menos prejuízo à saúde das pessoas e à natureza, mas temos pouca ou quase nenhuma opção e, quando existe, está disponível somente há quem está em condições de gastar quase o dobro. As pessoas consomem o que podem, não o que querem. Além do mais, é um tipo de produção de pouco rendimento, não serviria para sustentar a humanidade com alimentação orgânica. O que dizer então da opção vegana? É possível mudar os hábitos (e necessidades) alimentares da humanidade inteira?

  No entanto, vivemos nos deparando com sinais do quanto o homem causa um impacto negativo na natureza, basta andar um quilômetro ou menos pela margem de uma autoestrada para encontrarmos o resultado da grande conquista humana na mobilidade. Nós podemos nos deslocar milhares de quilomentros por dia pelas rodovias, enqunto a natureza paga o preço de milhares de animais vítimas de atropelamento e colisões. Basta alguns passos para encontrarmos pardais, corujas, e outros pequenos animais que cometeram o erro fatal de cruzar o caminho dos humanos.

  O que podemos fazer individualmente? Há muito o que fazer, muito já foi dito, mas muito pouco foi posto em prática. Pense nisso e uma boa leitura.

Comece fazendo a sua parte!

Publicado na edição 1315 – 09/06/2022

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