Aberta em maio para investigar se os vereadores Francisco Carlos Cabrini (PP), Vanderlei Cabeleireiro (DEM) e Wilson Roberto David da Mota (PSD) cometeram quebra de decoro ao serem presos preventivamente em razão da deflagração da fase Mensalinho da operação Sinecuras, a Comissão Processante da Câmara desistiu de continuar tentando ouvir presencialmente mais testemunhas arroladas pela defesa dos investigados.
Nas últimas duas semanadas a Comissão marcou sessões de oitiva e notificou as testemunhas para que comparecessem ao ato. No entanto, de todas as arroladas, apenas três deram as caras. Segundo o vereador Fabio Alceu, que preside a investigação, em virtude dessa dificuldade, que se dá em boa parte pelo fato de algumas das testemunhas também serem réus na mesma ação penal e atualmente terem contra si medidas cautelares impostas pela Justiça, as defesas acabaram concordando em desistir das oitivas presenciais.
Ainda conforme o edil, o que se tentará agora é que as testemunhas respondam, por escrito, aos questionamentos feitos pela defesa. Em seguida, abrir-se-á prazo para que os vereadores apresentem suas alegações finais e o processo será entregue ao vereador Leandro da Academia (PV) para que ele, na condição de relator da comissão processante, elabore o seu relatório final, recomendando ou não a cassação dos mandatos de Cabrini, Vanderlei e Betão.
A palavra final sobre o assunto, no entanto, caberá ao plenário da Câmara. Os três só perdem os mandatos se 2/3 dos onze vereadores votarem pela cassação.
Texto: Waldiclei Barboza / Foto: Everson Santos
Publicado na edição 1119 – 28/06/2018